Escolinha do padre Canal (Hilário)
A intenção deste blog é criar laços de amizade com as pessoas, transmitir coisas boas, compartilhar as experiências de vida, que foram recolhidas durante mais de 50 anos de dedicação e de serviço às pessoas na busca da felicidade, ou seja, de Deus. As publicações no espaço das postagens neste blog podem ser copiadas e divulgadas, para uso individual ou pastoral.
“Para levar Deus aos homens e homens a Deus”
sábado, 19 de agosto de 2017
Nota de falecimento
Aviso aos leitores deste blog:
Pe. Hilário Canal, SVD, faleceu dia 18 de Agosto de 2017,
em Juiz de Fora, MG.
em Juiz de Fora, MG.
Dia 19 de Agosto de 2017, após a Missa de corpo presente na Igreja
São Sebastião nesta cidade, o corpo do Pe. Hilário foi levado
para o Cemitério Municipal local
São Sebastião nesta cidade, o corpo do Pe. Hilário foi levado
para o Cemitério Municipal local
e sepultado no jazígo da Congregação do Verbo Divino.
Pe. Hilário, descanse em Paz!
segunda-feira, 14 de agosto de 2017
Liturgia da Palavra: 20 de agosto de 2017 – Domingo.
ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA
(Cor branca, Glória, Creio, Prefácio Próprio; Ofício
da Solenidade)
Oração do dia
Deus eterno e todo-poderoso, que elevastes à glória do céu, em corpo e alma, a imaculada virgem Maria, mãe do vosso filho, dai-nos viver atentos às coisas do alto, a fim de participarmos da sua glória.
Por Nosso Senhor Jesus
Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
I Leitura
Leitura do livro do Apocalipse (11,19;12,1.3-6.10):
Abriu-se
o templo de Deus no céu e apareceu, no seu templo, a arca do seu testamento.
Houve relâmpagos, vozes, trovões, terremotos e forte saraiva. Apareceu em seguida um grande sinal no céu: uma
Mulher revestida do sol, a lua debaixo dos seus pés e na cabeça uma coroa de
doze estrelas. Depois apareceu outro sinal no céu: um grande Dragão
vermelho, com sete cabeças e dez chifres, e nas cabeças sete coroas. Varria com sua cauda uma terça parte das estrelas do céu, e
as atirou à terra. Esse Dragão deteve-se diante da Mulher que estava para dar à
luz, a fim de que, quando ela desse à luz, lhe devorasse o filho. Ela deu à luz um Filho, um menino, aquele que deve reger
todas as nações pagãs com cetro de ferro. Mas seu Filho foi arrebatado para junto
de Deus e do seu trono. A Mulher fugiu então para o deserto, onde Deus lhe tinha
preparado um retiro para aí ser sustentada por mil duzentos e sessenta dias. Eu ouvi no céu uma voz forte que dizia: Agora chegou a
salvação, o poder e a realeza de nosso Deus, assim como a autoridade de seu
Cristo, porque foi precipitado o acusador de nossos irmãos, que os acusava, dia
e noite, diante do nosso Deus.
Palavra do Senhor.
Salmo
Responsorial (44/45)
À
vossa direita se encontra a rainha
com
veste esplendente de ouro de Ofir.
As filhas de reis vêm ao
vosso encontro,
e à vossa direita se
encontra a rainha
com veste esplendente de
ouro de Ofir.
Escutai, minha filha,
olhai, ouvi, isto:
“Esquecei vosso povo e a
casa paterna!
Que o rei se encante com
vossa beleza!
Prestai-lhe homenagem: é
vosso Senhor!
Entre cantos de festa e
com grande alegria,
ingressam, então, no
palácio real”.
II Leitura
Leitura da primeira carta de são Paulo aos
Coríntios (15,20-27):
Irmãos, Cristo ressuscitou dentre os mortos, como primícias dos que morreram! Com efeito, se por um homem veio a morte, por um homem vem a ressurreição dos mortos. Assim como em Adão todos morrem, assim em Cristo todos reviverão. Cada qual, porém, em sua ordem: como primícias, Cristo; em seguida, os que forem de Cristo, na ocasião de sua vinda. Depois, virá o fim, quando entregar o Reino a Deus, ao Pai, depois de haver destruído todo principado, toda potestade e toda dominação. Porque é necessário que ele reine, até que ponha todos os inimigos debaixo de seus pés. O último inimigo a derrotar será a morte, porque Deus sujeitou tudo debaixo dos seus pés. Mas, quando ele disser que tudo lhe está sujeito, claro é que se excetua aquele que lhe sujeitou todas as coisas.
Palavra do Senhor.
Evangelho
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo
Lucas (1,39-56):
Naqueles dias, Maria se levantou e foi às pressas às montanhas, a uma cidade de Judá. Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel. Ora, apenas Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança estremeceu no seu seio; e Isabel ficou cheia do Espírito Santo. E exclamou em alta voz: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre. Donde me vem esta honra de vir a mim a mãe de meu Senhor? Pois assim que a voz de tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança estremeceu de alegria no meu seio. Bem-aventurada és tu que creste, pois se hão de cumprir as coisas que da parte do Senhor te foram ditas!”
E Maria disse: “Minha
alma glorifica ao Senhor, meu espírito exulta de alegria em Deus, meu Salvador,
porque olhou para sua pobre serva. Por isto, desde agora, me proclamarão
bem-aventurada todas as gerações, porque realizou em mim maravilhas aquele que
é poderoso e cujo nome é Santo. Sua misericórdia se estende, de geração em
geração, sobre os que o temem. Manifestou o poder do seu braço: desconcertou os
corações dos soberbos. Derrubou do trono os poderosos e exaltou os humildes.
Saciou de bens os indigentes e despediu de mãos vazias os ricos. Acolheu a
Israel, seu servo, lembrado da sua misericórdia, conforme prometera a nossos
pais, em favor de Abraão e sua posteridade, para sempre.
Maria ficou com Isabel
cerca de três meses. Depois voltou para casa”.
Palavra da Salvação.
Comentário ao Evangelho
SANTIFICADA PELO AMOR
A assunção de Maria ao
céu deve ser entendida no contexto da totalidade de sua vida. Sem este
enraizamento histórico, correr-se-á o risco de divinizá-la, a ponto de esquecer
que o desfecho de sua vida está em perfeita sintonia com sua caminhada terrena.
E mais: deve ser entendida como o reconhecimento divino de sua plena adesão ao
desígnio que Deus tem reservado para cada ser humano. Maria soube viver com
radicalidade este projeto.
Refletindo sobre a
visita de Maria a Isabel, é possível detectar o elemento centralizador de sua
existência: o amor entranhado pelo próximo, caminho de santificação.
Ao saber da gravidez da
prima Isabel, Maria pôs-se, apressadamente, a caminho. Sem medir esforços nem
intimidar-se pelos eventuais perigos que poderia encontrar ao longo do caminho,
ela se sentiu no dever de colocar-se a serviço da parenta. Assim, durante três
meses, a "humilde escrava do Senhor" tornou-se a "humilde serva
de Isabel". O serviço à prima era uma forma de desdobramento do serviço a
Deus. Ou então, o serviço a Deus concretizava-se no serviço à sua parenta.Este
testemunho de amor gratuito e generoso não constituiu um fato isolado na vida
de Maria. Ela se dispôs a servir a Isabel, e sempre esteve disponível para
servir também a quantos dela precisassem. Por isso, mereceu ser acolhida na
plenitude do amor de Deus.
(O comentário do
Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta,
Doutor em Exegese Bíblica,
Professor da FAJE). In: Dom Total
ASSUNÇÃO DE NOSSA
SENHORA
Não há maior glória do
que a que recebeu Maria, escolhida para ser a mãe de Jesus, o Filho de Deus. De
seu ventre virginal nasceu o Salvador da humanidade. Por isso, Deus lhe
reservou a melhor das recompensas. Terminado seu tempo de vida terrestre, Maria
foi "assunta", isto é, levada ao céu em corpo e alma. O que a
tradição cristã diz é que Ela nem mesmo morreu, apenas "dormiu".
Narra também que foram os anjos Gabriel e Miguel que A levaram ao céu. Deus
queria conservar a integridade do corpo daquela que gerou seu Filho.
A solenidade da Assunção
da Virgem Maria existe desde os primórdios do catolicismo. No início era
celebrada a Dormição de Nossa Senhora. Esta festa veio a ser oficializada para
os católicos orientais no século VII com um edito do imperador bizantino
Maurício. No mesmo século a festa da Dormição foi introduzida também em Roma
pelo Papa Sérgio I, de origem oriental. Foi em 687, quando, em procissão, foi
até a basílica de Santa Maria Maior, celebrar o Santo Ofício.
Mas foi preciso
transcorrer um outro século para que o nome "dormição" cedesse o
lugar àquele mais explicito de assunção", usado até os nossos dias. Em
1950 foi solenemente definido este dogma de Maria, pelo Papa Pio XII. Pela
singular importância de Sua missão como Mãe de Jesus, Maria não só foi
proclamada Rainha do céu, quando levada para viver ao lado de Deus, mas
proclamada Mãe da Igreja, portanto de todos nós.
Na Assunção da Virgem
Maria, vemos a nossa esperança de ressurreição já realizada. Nela a Igreja
atinge a plenitude do triunfo final, a vitória definitiva sobre a morte e o
mal.
Por isto esta festa é
uma das solenidades mais comemoradas pelos católicos. Depois da Assunção, Nossa
Senhora com maternal benevolência participa com Sua oração e intercessão na
obra de seu Filho: a salvação da humanidade. Ela que é a mediadora de todas as
graças.
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segunda-feira, 7 de agosto de 2017
Liturgia da Palavra: 13 de agosto de 2017 – Domingo.
XIX Domingo do Tempo Comum
(Cor verde, Glória, Creio; III Semana do Saltério)
Oração do dia
Deus eterno e
todo-poderoso, a quem ousamos chamar de Pai, dai-nos cada vez mais um coração
de filhos, para alcançarmos um dia a herança que prometestes.
Por Nosso Senhor Jesus
Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
I Leitura
Leitura do primeiro livro dos Reis (19,9.11-13):
Naqueles dias, chegando ali, passou a noite numa caverna. Então a palavra do Senhor foi-lhe dirigida: "Que fazes aqui, Elias?"
O Senhor desse-lhe: "Sai e conserva-te em cima do monte na presença do Senhor: ele vai passar". Nesse momento passou diante do Senhor um vento impetuoso e violento, que fendia as montanhas e quebrava os rochedos; mas o Senhor não estava naquele vento. Depois do vento, a terra tremeu; mas o Senhor não estava no tremor de terra. Passado o tremor de terra, acendeu-se um fogo; mas o Senhor não estava no fogo. Depois do fogo ouviu-se o murmúrio de uma brisa ligeira. Tendo Elias ouvido isso, cobriu o rosto com o manto, saiu e pôs-se à entrada da caverna.
Palavra do Senhor.
Salmo
Responsorial (84/85)
Mostrai-nos,
ó Senhor, vossa bondade
e a vossa salvação nos concedei!
Quero ouvir o que o Senhor irá falar:
é a paz que ele vai anunciar.
Está perto a salvação dos que o temem,
e a glória habitará em nossa terra.
A verdade e o amor se encontrarão,
a justiça e a paz se abraçarão;
da terra brotará a fidelidade,
e a justiça olhará dos altos céus.
O Senhor nos dará tudo o que é bom,
e a nossa terra nos dará suas colheitas;
a justiça andará na sua frente
e a salvação há de seguir os passos seus.
e a vossa salvação nos concedei!
Quero ouvir o que o Senhor irá falar:
é a paz que ele vai anunciar.
Está perto a salvação dos que o temem,
e a glória habitará em nossa terra.
A verdade e o amor se encontrarão,
a justiça e a paz se abraçarão;
da terra brotará a fidelidade,
e a justiça olhará dos altos céus.
O Senhor nos dará tudo o que é bom,
e a nossa terra nos dará suas colheitas;
a justiça andará na sua frente
e a salvação há de seguir os passos seus.
II Leitura
Leitura da carta de são Paulo aos Romanos (9,1-5):
Irmãos, digo a verdade em Jesus Cristo, não minto; a minha consciência me dá testemunho pelo Espírito Santo: sinto grande pesar, incessante amargura no coração. Porque eu mesmo desejaria ser reprovado, separado de Cristo, por amor de meus irmãos, que são do mesmo sangue que eu, segundo a carne. Eles são os israelitas; a eles foram dadas a adoção, a glória, as alianças, a lei, o culto, as promessas e os patriarcas; deles descende Cristo, segundo a carne, o qual é, sobre todas as coisas, Deus bendito para sempre. Amém.
Palavra do Senhor.
Evangelho
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus (14,22-33):
Logo depois da multiplicação dos pães, Jesus obrigou seus discípulos a entrar
na barca e a passar antes dele para a outra margem, enquanto ele despedia a
multidão. Feito isso, subiu à montanha para orar na solidão. E, chegando a
noite, estava lá sozinho. Entretanto, já a boa distância da margem, a
barca era agitada pelas ondas, pois o vento era contrário.
Pela quarta vigília da
noite, Jesus veio a eles, caminhando sobre o mar. Quando os discípulos o
perceberam caminhando sobre as águas, ficaram com medo: "É um
fantasma!" disseram eles, soltando gritos de terror. Mas Jesus logo
lhes disse: "Tranqüilizai-vos, sou eu. Não tenhais medo!"
Pedro tomou a palavra e
falou: "Senhor, se és tu, manda-me ir sobre as águas até junto de
ti!" Ele disse-lhe: "Vem!" Pedro saiu da barca e
caminhava sobre as águas ao encontro de Jesus. Mas, redobrando a violência
do vento, teve medo e, começando a afundar, gritou: "Senhor,
salva-me!" No mesmo instante, Jesus estendeu-lhe a mão, segurou-o e
lhe disse: "Homem de pouca fé, por que duvidaste?" Apenas tinham
subido para a barca, o vento cessou. Então aqueles que estavam na barca
prostraram-se diante dele e disseram: "Tu és verdadeiramente o Filho de
Deus".
Palavra da Salvação.
Comentário ao Evangelho
UMA CHANCE PARA CRESCER
O apóstolo Pedro teve
uma chance para crescer, quando fez a experiência de fracassar na fé. Foi ele
quem colocou em dúvida a presença do Mestre, que estava encorajando o grupo de
discípulos colhidos por uma tempestade numa travessia do mar da Galiléia. Jesus
acolheu o pedido de Pedro, ordenando-lhe que fosse até ele, caminhando sobre as
águas.
Pedro, descendo da
barca, pôs-se a caminhar na direção do Mestre. Mas a violência do vento fê-lo
entrar em pânico, e começar a afundar. Sua fé fraquejou. E ele suplicou ao
Senhor para salvá-lo, sendo prontamente ajudado.
A fé do discípulo entrou
em crise num momento de tribulação. A presença do Senhor passou a significar
pouca coisa para ele. Pode ser que estivesse confiado em sua capacidade pessoal
de enfrentar as provações. Por isso, acabou por ser vencido. Foi preciso agarrar-se
nas mãos de Jesus para não ser tragado pelas ondas.
A iminência do fracasso
exigiu de Pedro um reforço em sua fé em Jesus, reconhecendo-o como Filho de
Deus. Sendo assim, não havia motivo para duvidar da palavra do Mestre.
Cabia-lhe deixar-se guiar por ela, sem hesitar, sobretudo, nos momentos de
tempestade, quando parece que tudo está perdido. Sua fé em Jesus teve chance de
crescer.
(O comentário litúrgico é feito pelo
Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta,
Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE). In:
Dom Total
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segunda-feira, 31 de julho de 2017
Liturgia da Palavra: 06 de agosto de 2017 – Domingo.
TRANSFIGURAÇÃO DO SENHOR
(Cor branca, Glória, Prefácio Próprio; Ofício da
Festa)
Oração do dia
Ó Deus, que na gloriosa
transfiguração de vosso Filho confirmastes os mistérios da fé pelo testemunho
de Moisés e Elias e manifestastes, de modo admirável, a nossa glória de filhos
adotivos, concedei aos vossos servos e servas ouvir a voz do nosso filho amado
e compartilhar da sua herança.
Por Nosso Senhor Jesus
Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
I Leitura
Leitura da profecia de
Daniel (7,9-10.13-14):
Continuei a olhar, até o momento em que foram colocados os tronos e um ancião chegou e se sentou. Brancas como a neve eram suas vestes, e tal como a pura lã era sua cabeleira; seu trono era feito de chamas, com rodas de fogo ardente. Saído de diante dele, corria um rio de fogo. Milhares e milhares o serviam, dezenas de milhares o assistiam! O tribunal deu audiência e os livros foram abertos. Olhando sempre a visão noturna, vi um ser, semelhante ao filho do homem, vir sobre as nuvens do céu: dirigiu-se para o lado do ancião, diante de quem foi conduzido. A ele foram dados império, glória e realeza, e todos os povos, todas as nações e os povos de todas as línguas serviram-no. Seu domínio será eterno; nunca cessará e o seu reino jamais será destruído.
Palavra do Senhor.
Salmo Responsorial (96/97)
Deus é rei, é o Altíssimo,
muito acima do universo.
Deus é rei! Exulte a
terra de alegria,
e as ilhas numerosas
rejubilem!
Treva e nuvem o rodeiam
no seu trono,
que se apóia na justiça
e no direito.
As montanhas se derretem
como cera
ante a face do Senhor de
toda a terra;
e assim proclama o céu
sua justiça,
todos os povos podem ver
a sua glória.
Porque vós sois o
Altíssimo, Senhor,
muito acima do universo
que criastes,
e de muito superais
todos os deuses.
II Leitura
Leitura da segunda carta
de são Pedro (1,16-19):
Pois não foi seguindo
fábulas habilmente inventadas que vos demos a conhecer o poder e a vinda de
nosso Senhor Jesus Cristo, mas sim, por termos sido testemunhas oculares da sua
grandeza. Efetivamente, ele recebeu honra e glória da parte de Deus Pai, quando
do seio da esplêndida glória se fez ouvir aquela voz que dizia: “Este é o meu
Filho bem-amado, no qual está o meu agrado”. Esta voz, nós a ouvimos,
vinda do céu, quando estávamos com ele na montanha santa. E assim se
tornou ainda mais firme para nós a palavra da profecia, que fazeis bem em ter
diante dos olhos, como uma lâmpada que brilha em lugar escuro, até clarear o
dia e levantar-se a estrela da manhã em vossos corações.
Palavra do Senhor.
Evangelho
Proclamação do Evangelho
de Jesus Cristo segundo Mateus (17,1-9):
Seis dias depois, Jesus
tomou consigo Pedro, Tiago e João, seu irmão, e conduziu-os à parte a uma alta
montanha. Lá se transfigurou na presença deles: seu rosto brilhou como o
sol, suas vestes tornaram-se resplandecentes de brancura. E eis que
apareceram Moisés e Elias conversando com ele.
Pedro tomou então a
palavra e disse-lhe: "Senhor, é bom estarmos aqui. Se queres, farei aqui
três tendas: uma para ti, uma para Moisés e outra para Elias". Falava ele
ainda, quando veio uma nuvem luminosa e os envolveu. E daquela nuvem fez-se
ouvir uma voz que dizia: "Eis o meu Filho muito amado, em quem pus toda
minha afeição; ouvi-o".
Ouvindo esta voz, os
discípulos caíram com a face por terra e tiveram medo. Mas Jesus
aproximou-se deles e tocou-os, dizendo: Levantai-vos e não temais. Eles
levantaram os olhos e não viram mais ninguém, senão unicamente Jesus.
E, quando desciam, Jesus
lhes fez esta proibição: "Não conteis a ninguém o que vistes, até que o
Filho do Homem ressuscite dos mortos".
Palavra da Salvação.
Comentário ao Evangelho
O DESTINO DO MESSIAS
Pedro, Tiago e João, os
mais destacados do grupo dos discípulos, tiveram o privilégio de “ver” a glória
do Messias, antecipada na cena da transfiguração. Este estava destinado a ser
glorificado por Deus, e revestido de imortalidade divina.
O episódio evangélico
está todo envolvido pela presença divina. O monte, para o qual Jesus e seus
discípulos se dirigiram, simboliza o lugar da presença e da comunicação
divinas. Dirigiram-se para o alto monte, porque o ser humano deve elevar-se
para poder contemplar a manifestação da glória divina.
O rosto de Jesus,
“brilhante como o sol”, apontava para a glória dos justos no reino do Pai.
Igualmente, o esplendor luminoso de suas vestes.
A presença de Moisés e Elias indicava que as Escrituras – Palavra de Deus – estão todas centradas na pessoa de Jesus. Tudo quanto Deus havia falado a seu povo eleito tinha sido em função do seu Filho amado. Moisés e Elias evocavam o monte Sinai, lugar da manifestação de Deus, onde ambos estiveram.
O auge da presença
divina revela-se quando uma nuvem luminosa envolveu Jesus, e a voz celeste se
fez ouvir: “Este é o meu filho amado, que muito me agrada. Escutem o que ele
diz!”.
Assim, os discípulos
estavam em condições de compreender a verdadeira identidade de Jesus, na sua
condição humana e divina. Este seria um dado importante para quem haveria de
ver o Mestre tornar-se vítima da incompreensão das lideranças religiosas do
povo.
(O comentário do
Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta,
Doutor em Exegese
Bíblica, Professor da FAJE). In: Dom Total
TRANSFIGURAÇÃO DO SENHOR
A festa da
"Transfiguração do Senhor" acontece no mundo cristão desde o século
V. Ela nos convida a dirigir o olhar para o rosto do Filho de Deus, como o
fizeram os apóstolos Pedro, Tiago e João, que viram a Sua transfiguração no alto
do monte Tabor, localizado no coração da Galiléia. O episódio bíblico é
relatado distintamente pelos evangelistas Mateus, Marcos e Lucas. Assim,
segundo São Mateus 9,2-10, temos: "Jesus tomou consigo a Pedro, Tiago e
João, e conduziu-os a sós a um alto monte. E transfigurou-se diante deles. Suas
vestes tornaram-se resplandecentes e de uma brancura tal, que nenhum lavadeiro
sobre a terra as poderia fazer assim tão brancas. Apareceram-lhes Elias e
Moisés, e falavam com Jesus. Pedro tomou a palavra: "Mestre, é bom para
nós estarmos aqui; faremos três tendas: uma para ti, outra para Moisés e outra
para Elias". Com efeito, não sabia o que falava, porque estavam
sobremaneira atemorizados. Formou-se então uma nuvem que os encobriu com a sua
sombra; e da nuvem veio uma voz: "Este é o meu Filho muito amado;
ouvi-O". E olhando eles logo em derredor, já não viram ninguém, senão só a
Jesus com eles. Ao descerem do monte, proibiu-lhes Jesus que contassem a quem
quer que fosse o que tinham visto, até que o Filho do homem houvesse ressurgido
dos mortos. E guardaram esta recomendação consigo, perguntando entre si o que
significaria: Ser ressuscitado dentre os mortos".
A intenção de Jesus era
a de fortalecer a fé destes três apóstolos, para que suportassem o terrível
desfecho de Sua paixão, antecipando-lhes o esplendor e glória da vida eterna.
Também foi Pedro, que depois, recordando com emoção o evento, nos afirmou:
"Fomos testemunhas oculares da Sua majestade" (2 Pd 1, 16).
O significado dessa
festa é, e sempre será, o mesmo que Jesus pretendeu, naquele tempo, ao se
transfigurar para os apóstolos no monte, ou seja, preparar os cristãos para
que, em qualquer circunstância, permaneçam firmes na fé no Cristo.
Melhor explicação, só
através das inspiradas palavras do Papa João Paulo II, quando nesta solenidade
em 2002, nos lembrou que: "O rosto de Cristo é um rosto de luz que rasga a
obscuridade da morte: é anúncio e penhor da nossa glória, porque é o rosto do
Crucificado Ressuscitado, o único Redentor da humanidade, que continua a
resplandecer sobre nós (cf. Sl 67, 3)".
Somente em 1457, esta
celebração se estendeu para toda a cristandade, por determinação do Papa
Calisto III, que quis enaltecer a vitória, do ano anterior, das tropas cristãs
sobre os turcos muçulmanos que ameaçavam a liberdade na Europa.
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segunda-feira, 24 de julho de 2017
Liturgia da Palavra: 30 de julho de 2017 – Domingo.
XVII Domingo do Tempo Comum
(Cor verde, Glória, Creio; I Semana do Saltério)
Oração do dia
Ó Deus, sois o amparo
dos que em vós esperam e, sem vosso auxílio, ninguém é forte, ninguém é santo;
redobrai de amor para conosco, para que, conduzidos por vós, usemos de tal modo
os bens que passam, que possamos abraçar os que não passam.
Por Nosso Senhor Jesus
Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
I Leitura
Leitura do primeiro livro dos Reis (3,5.7-12):
Naqueles dias, o Senhor apareceu a Salomão em sonhos em Gabaon durante a noite, e disse-lhe: "Pede-me o que queres que eu te dê". "Sois vós, portanto, ó Senhor meu Deus, que fizestes reinar o vosso servo em lugar de Davi, meu pai. Mas eu não passo de um adolescente, e não sei como me conduzir. E, sem embargo, vosso servo se encontra no meio de vosso povo escolhido, um povo imenso, tão numeroso que não se pode contar, nem calcular. Dai, pois, ao vosso servo um coração sábio, capaz de julgar o vosso povo e discernir entre o bem e o mal; pois sem isso, quem poderia julgar o vosso povo, um povo tão numeroso?"
O Senhor agradou-se dessa
oração, e disse a Salomão: "Pois que me fizeste esse pedido, e não pediste
nem longa vida, nem riqueza, nem a morte de teus inimigos, mas sim inteligência
para praticar a justiça, vou satisfazer o teu desejo; dou-te um coração
tão sábio e inteligente, como nunca houve outro igual antes de ti e nem haverá
depois de ti".
Palavra do Senhor.
Salmo
Responsorial (118/119)
Como
eu amo, Senhor, a vossa lei, vossa palavra!
É esta a parte que
escolhi por minha herança:
observar vossas palavras
ó Senhor!
A lei de vossa boca,
para mim,
vale mais do que milhões
em ouro e prata.
Vosso amor seja um
consolo para mim,
conforme a vosso servo
prometestes.
Venha a mim o vosso amor
e viverei,
porque tenho em vossa
lei o meu prazer!
Por isso amo os
mandamentos que nos destes
mais que o ouro, muito
mais que o ouro fino!
Por isso eu sigo bem
direito as vossas leis,
detesto todos os
caminhos da mentira.
Maravilhosos são os
vossos testemunhos,
eis por que meu coração
os observa!
Vossa palavra, ao
revelar-se, me ilumina,
ela dá sabedoria aos
pequeninos.
II Leitura
Leitura da carta de são Paulo aos Romanos (8,28-30):
Irmãos, sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são os eleitos, segundo os seus desígnios. Os que ele distinguiu de antemão, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que este seja o primogênito entre uma multidão de irmãos. E aos que predestinou, também os chamou; e aos que chamou, também os justificou; e aos que justificou, também os glorificou.
Palavra do Senhor.
Evangelho
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo
Mateus (13,44-52):
Naquele tempo, disse
Jesus a seus discípulos, "O Reino dos céus é também semelhante a um
tesouro escondido num campo. Um homem o encontra, mas o esconde de novo. E,
cheio de alegria, vai, vende tudo o que tem para comprar aquele campo. O
Reino dos céus é ainda semelhante a um negociante que procura pérolas
preciosas. Encontrando uma de grande valor, vai, vende tudo o que possui e
a compra.
O Reino dos céus é
semelhante ainda a uma rede que, jogada ao mar, recolhe peixes de toda espécie. Quando
está repleta, os pescadores puxam-na para a praia, sentam-se e separam nos
cestos o que é bom e jogam fora o que não presta. Assim será no fim do
mundo: os anjos virão separar os maus do meio dos justos e os arrojarão na
fornalha, onde haverá choro e ranger de dentes. Compreendestes tudo
isto?" "Sim, Senhor", responderam eles.
"Por isso, todo escriba instruído nas coisas do Reino dos céus é comparado a um pai de família que tira de seu tesouro coisas novas e velhas".
"Por isso, todo escriba instruído nas coisas do Reino dos céus é comparado a um pai de família que tira de seu tesouro coisas novas e velhas".
Palavra da Salvação.
Comentário ao Evangelho
EM BUSCA DO
"MAIS"
O tesouro descoberto por
acaso e a pérola preciosa encontrada após uma longa busca indicam uma postura
imprescindível para quem se faz discípulo do Reino: capacidade de abrir mão do
que lhe parecia ser valioso – a riqueza acumulada – para ficar apenas com o que
é fundamental, o verdadeiramente necessário. Surge, então, uma questão
implacável: vale a pena?
A disposição para obter
o "mais" choca-se muitas vezes com o que é "menos". Neste
sentido, o discípulo necessita de muita audácia para que o apego ao
"menos" não o impeça de adquirir o que é "mais". É a
audácia do agricultor que encontrou o tesouro e do comerciante em busca de uma
pérola preciosa. Eles venderam tudo quanto possuíam, e que haviam conseguido à
custa de longos e penosos anos de trabalho e esforço, para adquirir apenas um
bem: o primeiro, o campo onde se escondia o tesouro, e o segundo, uma única
pérola. Sabiam, porém, que aquele não era um campo qualquer, nem uma pérola
como tantas outras. Ao dar-se conta do valor incomensurável do bem a ser
adquirido e da chance que tinham diante de si, não hesitaram em se decidir.
A "aquisição"
do Reino exige do discípulo abrir mão de tantas coisas tidas como valiosas, mas
que são um bem menor, se comparadas com ele. Afinal, o Reino é o próprio Deus
desejoso de fazer-se senhor de cada pessoa e da história humana.
(O comentário do
Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta,
Doutor em Exegese
Bíblica, Professor da FAJE). In: Dom Total
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