XXVII Domingo do Tempo Comum
(Cor verde, Glória, Creio; III semana do Saltério)
Oração do dia
Ó Deus eterno e
todo-poderoso, que nos concedeis, no vosso imenso amor de Pai, mais do que
merecemos e pedimos, derramai sobre nós a vossa misericórdia, perdoando o que
nos pesa na consciência e dando-nos mais do que ousamos pedir.
Por Nosso Senhor Jesus
Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
I Leitura
Leitura da profecia de Habacuc (1,2-3;2,2-4):
Oráculo recebido em visão pelo profeta Habucuc. Até quando, Senhor, implorarei
sem que escuteis? Até quando vos clamarei: “Violência!”, sem que venhais em
socorro? Por que me mostrais o espetáculo da iniqüidade, e contemplais vós
mesmo essa desgraça? Só vejo diante de mim opressão e violência, nada mais que
discórdias e contendas? E o Senhor respondeu-me assim: “Escreve esta visão,
grava-a em tabuinhas, para que ela possa ser lida facilmente; porque há ainda
uma visão para um termo fixado, ela se aproxima rapidamente de seu termo e não
falhará. Mas, se tardar, espera-a, porque ela se realizará com toda a certeza e
não falhará. Eis que sucumbe o que não tem a alma íntegra, mas o justo vive por
sua fidelidade”.
Palavra do Senhor.
Salmo
Responsorial (94/95)
Não
fecheis o coração; ouvi vosso Deus!
Vinde, exultemos de alegria no Senhor,
aclamemos o rochedo que nos salva!
Ao seu encontro, caminhemos com louvores
e, com cantos de alegria, o celebremos!
Vinde, adoremos e prostremo-nos por terra,
e ajoelhemos ante o Deus que nos criou!
Porque ele é o nosso Deus, nosso pastor,
e nós somos o seu povo e seu rebanho,
as ovelhas que conduz com sua mão.
Oxalá ouvísseis hoje a sua voz:
“Não fecheis os corações como em Meriba,
como em Massa, no deserto, aquele dia,
em que outrora vossos pais me provocaram,
apesar de terem visto as minhas obras”.
Vinde, exultemos de alegria no Senhor,
aclamemos o rochedo que nos salva!
Ao seu encontro, caminhemos com louvores
e, com cantos de alegria, o celebremos!
Vinde, adoremos e prostremo-nos por terra,
e ajoelhemos ante o Deus que nos criou!
Porque ele é o nosso Deus, nosso pastor,
e nós somos o seu povo e seu rebanho,
as ovelhas que conduz com sua mão.
Oxalá ouvísseis hoje a sua voz:
“Não fecheis os corações como em Meriba,
como em Massa, no deserto, aquele dia,
em que outrora vossos pais me provocaram,
apesar de terem visto as minhas obras”.
II Leitura
Leitura da segunda carta de são Paulo a Timóteo (1,6-8.13-14):
Por esse motivo, eu te exorto a reavivar a chama do dom de Deus que recebeste pela imposição das minhas mãos. Pois Deus não nos deu um espírito de timidez, mas de fortaleza, de amor e de sabedoria. Não te envergonhes, portanto, do testemunho de nosso Senhor, nem de mim, seu prisioneiro, mas sofre comigo pelo Evangelho, fortificado pelo poder de Deus. Toma por modelo os ensinamentos salutares que recebeste de mim sobre a fé e o amor a Jesus Cristo. Guarda o precioso depósito, pela virtude do Espírito Santo que habita em nós.
Palavra do Senhor.
Evangelho
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas (Lucas 17,5-10):
Os apóstolos disseram ao Senhor: “Aumenta-nos a fé!” Disse o Senhor: “Se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a esta amoreira: ‘Arranca-te e transplanta-te no mar’, e ela vos obedecerá. Qual de vós, tendo um servo ocupado em lavrar ou em guardar o gado, quando voltar do campo lhe dirá: ‘Vem depressa sentar-te à mesa?’ E não lhe dirá ao contrário: ‘Prepara-me a ceia, cinge-te e serve-me, enquanto como e bebo, e depois disto comerás e beberás tu?’ E se o servo tiver feito tudo o que lhe ordenara, porventura fica-lhe o senhor devendo alguma obrigação?
Assim também vós, depois
de terdes feito tudo o que vos foi ordenado, dizei: ‘Somos servos como
quaisquer outros; fizemos o que devíamos fazer’”.
Palavra da Salvação.
Comentário ao Evangelho
A FORÇA DA FÉ
Quando os discípulos
pediram a Jesus para aumentar-lhes a fé, queriam que ela se tornasse mais
autêntica e existencial. Quando isto acontecesse, eles estariam aptos para
testemunhá-la com a vida, de acordo com o que acreditavam. Não é questão de
aumento quantitativo da fé. Mesmo que seja mínima, mas autêntica, ela tem o
formidável poder de fazer coisas impossíveis.
Esta é a mensagem da parábola da árvore transplantada para o mar. Uma fé minúscula seria suficiente para ordenar a uma árvore arrancar-se e plantar-se no mar. Essa ordem será imediatamente executada, quando resultar da confiança inabalável em Deus.
A profundidade da fé manifesta-se na maior ou menor capacidade de realizar as obras dela decorrentes. E as obras decorrentes da fé são as do amor. Quanto mais temos fé, mais somos misericordiosos com o próximo, cultivamos uma disposição contínua para perdoar, buscamos, em tudo, ser fraternos e solidários com os outros, empenhamo-nos pela causa da justiça.
As obras da fé são, em última análise, o dever fundamental da comunidade cristã. Realizá-las é obrigação. Quem as pratica, sabe que faz o que Deus quer. Portanto, tem consciência de ser um simples servo inútil, cuja única grandeza consiste em fazer o que é seu dever.
(O comentário do
Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta,
Doutor em Exegese
Bíblica, Professor da FAJE). In: Dom Total
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