“Para levar Deus aos homens e homens a Deus”

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Liturgia da Palavra: 16 de outubro de 2016 – Domingo.



XXIX Domingo do Tempo Comum
(Cor verde, Glória, Creio; I semana do Saltério)


Oração do dia

Deus eterno e todo-poderoso, dai-nos a graça de estar sempre ao vosso dispor e vos servir de todo o coração.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

I   Leitura

Leitura do livro do êxodo (17,8-13):

Amalec veio atacar Israel em Rafidim. Moisés disse a Josué: “Escolhe-nos homens e vai combater Amalec. Amanhã estarei no alto da colina com a vara de Deus na mão.” Josué obedeceu Moisés e foi combater Amalec, enquanto Moisés, Aarão e Hur subiam ao alto da colina. E, quando Moisés tinha a mão levantada, Israel vencia, mas logo que a abaixava, Amalec triunfava. Mas como se fatigassem os braços de Moisés, puseram-lhe uma pedra por baixo e ele assentou-se nela, enquanto Aarão e Hur lhe sustentavam as mãos de cada lado: suas mãos puderam assim conservar-se levantadas até o pôr-do-sol, e Josué derrotou Amalec e seu povo ao fio da espada.

Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial (120/121)

Do Senhor é que vem o meu socorro,
do Senhor que fez o céu e fez a terra. 


Eu levanto os meus olhos para os montes:
de onde pode vir o meu socorro?
“Do Senhor é que me vem o meu socorro,
do Senhor que fez o céu e fez a terra!”

Ele não deixa tropeçarem os meus pés,
e não dorme quem te guarda e te vigia.
Oh, não, ele não dorme nem cochila,
aquele que é o guarda de Israel!

O Senhor é o teu guarda, o teu vigia,
é uma sombra protetora à tua direita.
Não vai ferir-te o sol durante o dia,
nem a lua através de toda a noite.

O Senhor te guardará de todo o mal,
ele mesmo vai cuidar da tua vida!
Deus te guarda na partida e na chegada.
ele te guarda desde agora e para sempre!

II   Leitura

Leitura da segunda carta de são Paulo a Timóteo(3,14-4,2):


Tu, porém, permanece firme naquilo que aprendeste e creste. Sabes de quem aprendeste. E desde a infância conheces as Sagradas Escrituras e sabes que elas têm o condão de te proporcionar a sabedoria que conduz à salvação, pela fé em Jesus Cristo. Toda a Escritura é inspirada por Deus, e útil para ensinar, para repreender, para corrigir e para formar na justiça. Por ela, o homem de Deus se torna perfeito, capacitado para toda boa obra. Eu te conjuro em presença de Deus e de Jesus Cristo, que há de julgar os vivos e os mortos, por sua aparição e por seu Reino: prega a palavra, insiste oportuna e importunamente, repreende, ameaça, exorta com toda paciência e empenho de instruir.

Palavra do Senhor.

Evangelho

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas (18,1-8):

Propôs-lhes Jesus uma parábola para mostrar que é necessário orar sempre sem jamais deixar de fazê-lo. “Havia em certa cidade um juiz que não temia a Deus, nem respeitava pessoa alguma. Na mesma cidade vivia também uma viúva que vinha com freqüência à sua presença para dizer-lhe: ‘Faze-me justiça contra o meu adversário’. Ele, porém, por muito tempo não o quis. Por fim, refletiu consigo: ‘Eu não temo a Deus nem respeito os homens; todavia, porque esta viúva me importuna, far-lhe-ei justiça, senão ela não cessará de me molestar”.
Prosseguiu o Senhor: “Ouvis o que diz este juiz injusto?” Por acaso não fará Deus justiça aos seus escolhidos, que estão clamando por ele dia e noite? Porventura tardará em socorrê-los? Digo-vos que em breve lhes fará justiça. Mas, quando vier o Filho do Homem, acaso achará fé sobre a terra?

Palavra da Salvação.




Comentário ao Evangelho

A ORAÇÃO DO POBRE

Com a parábola da pobre viúva, vítima da injustiça, Jesus ensinou seus discípulos a orar sem esmorecer. A oração incessante, porém, é própria de quem tem um coração de pobre.

De propósito a personagem central da parábola é uma pessoa triplamente marginalizada: por ser mulher, pobre e viúva. Sendo mulher, sua denúncia contra o injusto adversário carecia de valor.

 Sendo pobre, faltavam-lhe recursos materiais para mover um processo contra o opressor. Sendo viúva, não tinha marido, um homem para apoiá-la no seu pleito. Estava só, na sua fraqueza, diante de um juiz a quem competia fazer-lhe justiça. Pior ainda, tratava-se de um juiz desonesto, sem temor de Deus nem respeito pelas pessoas. A pobre viúva encontrava-se, pois, numa situação totalmente adversa. Entretanto, estava disposta a fazer valer os seus direitos. E conseguiu, por causa de sua obstinação.

Algo semelhante acontece na oração. Só recorre a Deus, com perseverança, quem se sente pobre, indefeso, consciente de que só dele provém o socorro. Não existe outra esperança. É nesta condição de total indigência que o fiel volta-se para Deus. Anima-o a absoluta certeza de ser atendido. Daí sua obstinação.

Jesus garante que o Pai está sempre pronto a acolher a oração do pobre, mesmo que o faça esperar. É necessário apenas perseverança!



(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, 
Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE). In: Dom Total

**************

Nenhum comentário:

Postar um comentário