“Para levar Deus aos homens e homens a Deus”

segunda-feira, 25 de abril de 2016

Liturgia da Palavra: 1 de maio de 2016 – Domingo.


VI Domingo de Páscoa
(Cor branca, Glória, Creio, II semana de Saltério)



Oração do dia

Deus todo-poderoso, dai-nos celebrar com fervor estes dias de júbilo em honra do Cristo ressuscitado, para que nossa vida corresponda sempre aos mistérios que recordamos.

Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

I Leitura

Leitura dos Atos dos Apóstolos (15,1-2.22-29):

Naqueles dias, chegaram alguns da Judeia e ensinavam aos irmãos de Antioquia, dizendo: “Vós não podereis salvar-vos, se não fordes circuncidados, como ordena a Lei de Moisés”. Isto provocou muita confusão, e houve uma grande discussão de Paulo e Barnabé com eles. Finalmente, decidiram que Paulo, Barnabé e alguns outros fossem a Jerusalém, para tratar dessa questão com os apóstolos e os anciãos.

Então os apóstolos e os anciãos, de acordo com toda a comunidade de Jerusalém, resolveram escolher alguns da comunidade para mandá-los a Antioquia, com Paulo e Barnabé. Escolheram Judas, chamado Bársabas, e Silas, que eram muito respeitados pelos irmãos. Através deles enviaram a seguinte carta: “Nós, os apóstolos e os anciãos, vossos irmãos, saudamos os irmãos vindos do paganismo e que estão em Antioquia e nas regiões da Síria e da Cilícia. Ficamos sabendo que alguns dos nossos causaram perturbações com palavras que transtornaram vosso espírito. Eles não foram enviados por nós. Então decidimos, de comum acordo, escolher alguns representantes e mandá-los até vós, junto com nossos queridos irmãos Barnabé e Paulo, homens que arriscaram suas vidas pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo. Por isso, estamos enviando Judas e Silas, que pessoalmente vos transmitirão a mesma mensagem. Porque decidimos, o Espírito Santo e nós, não vos impor nenhum fardo, além destas coisas indispensáveis: abster-se de carnes sacrificadas aos ídolos, do sangue, das carnes de animais sufocados e das uniões ilegítimas. Vós fareis bem se evitardes essas coisas. Saudações!”

Palavra do Senhor.

Salmo responsorial (66)

 Que as nações vos glorifiquem, ó Senhor,
que todas as nações vos glorifiquem!

Que Deus nos dê a sua graça e sua bênção,
 e sua face resplandeça sobre nós!
 Que na terra se conheça o seu caminho
 e a sua salvação por entre os povos.

Exulte de alegria a terra inteira,
 pois julgais o universo com justiça;
 os povos governais com retidão,
e guiais, em toda a terra, as nações.

Que as nações vos glorifiquem, ó Senhor,
 que todas as nações vos glorifiquem!
 Que o Senhor e nosso Deus nos abençoe,
e o respeitem os confins de toda a terra!

II   Leitura

Leitura do Livro do Apocalipse de São João (21,10-14.22-23):

Um anjo me levou em espírito a uma montanha grande e alta. mostrou-me a cidade santa, Jerusalém, descendo do céu, de junto de Deus, brilhando com a glória de Deus. Seu brilho era como o de uma pedra preciosíssima, como o brilho de jaspe cristalino.
Estava cercada por uma muralha maciça e alta, com doze portas. Sobre as portas estavam doze anjos, e nas portas estavam escritos os nomes das doze tribos de Israel. Havia três portas do lado do oriente, três portas do lado norte, três portas do lado sul e três portas do lado do ocidente. A muralha da cidade tinha doze alicerces, e sobre eles estavam escritos os nomes dos doze apóstolos do Cordeiro. Não vi templo na cidade, pois o seu Templo é o próprio Senhor, o Deus Todo-poderoso, e o Cordeiro. A cidade não precisa de sol nem de lua que a iluminem, pois a glória de Deus é a sua luz, e a sua lâmpada é o Cordeiro.

Palavra do Senhor.

Evangelho

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João (14,23-29):

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: “Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e o meu Pai o amará, e nós viremos e faremos nele a nossa morada. Quem não me ama, não guarda a minha palavra. E a palavra que escutais não é minha, mas do Pai que me enviou.  Isso é o que vos disse enquanto estava convosco. Mas o Defensor, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, ele vos ensinará tudo e vos recordará tudo o que eu vos tenho dito. Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; mas não a dou como o mundo. Não se perturbe nem se intimide o vosso coração. Ouvistes o que eu vos disse: ‘Vou, mas voltarei a vós’. Se me amásseis, ficaríeis alegres porque vou para o Pai, pois o Pai é maior do que eu. Disse-vos isso, agora, antes que aconteça, para que, quando acontecer, vós acrediteis.

Palavra da Salvação.



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terça-feira, 19 de abril de 2016

Liturgia da Palavra: 24 de abril de 2016 – Domingo.


V Domingo da Páscoa

(Cor branca, Glória, Creio, I semana do Saltério)

Oração do dia

Ó Deus, Pai de bondade, que nos redimistes e adotastes como filhos e filhas, concedei aos que creem no Cristo a liberdade verdadeira e a herança eterna.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

I   Leitura

Leitura dos Atos dos Apóstolos (14,21b-27):

Naqueles dias, Paulo e Barnabé voltaram para as cidades de Listra, Icônio e Antioquia. Encorajando os discípulos, eles os exortavam a permanecerem firmes na fé, dizendo-lhes: “É preciso que passemos por muitos sofrimentos para entrar no Reino de Deus”.
Os apóstolos designaram presbíteros para cada comunidade. Com orações e jejuns, eles os confiavam ao Senhor, em quem haviam acreditado. Em seguida, atravessando a Pisídia, chegaram à Panfília. Anunciaram a palavra em Perge, e depois desceram para Atália. Dali embarcaram para Antioquia, de onde tinham saído, entregues à graça de Deus, para o trabalho que haviam realizado. Chegando ali, reuniram a comunidade. Contaram-lhe tudo o que Deus fizera por meio deles e como havia aberto a porta da fé para os pagãos.

Palavra do Senhor.

II leitura

Leitura do Livro do Apocalipse de São João (21,1-5ª):

Eu, João, vi um novo céu e uma nova terra. Pois o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe. Vi a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu, de junto de Deus, vestida qual esposa enfeitada para o seu marido.
Então, ouvi uma voz forte que saía do trono e dizia: “Esta é a morada de Deus entre os homens. Deus vai morar no meio deles. Eles serão o seu povo, e o próprio Deus estará com eles. Deus enxugará toda lágrima dos seus olhos. A morte não existirá mais, e não haverá mais luto, nem choro, nem dor, porque passou o que havia antes”.
Aquele que está sentado no trono disse: “Eis que faço novas todas as coisas”. Depois, ele me disse: “Escreve, porque estas palavras são dignas de fé e verdadeiras”.

Palavra do Senhor.

Salmo responsorial (144)

 Bendirei o vosso nome, ó meu Deus,
 meu Senhor e meu Rei para sempre.

 Misericórdia e piedade é o Senhor, 
ele é amor, é paciência, é compaixão. 
O Senhor é muito bom para com todos, 
sua ternura abraça toda criatura.

Que vossas obras, ó Senhor, vos glorifiquem, 
e os vossos santos com louvores vos bendigam! 
Narrem a glória e o esplendor do vosso reino 
e saibam proclamar vosso poder!

Para espalhar vossos prodígios entre os homens 
e o fulgor de vosso reino esplendoroso. 
O vosso reino é um reino para sempre, 
vosso poder, de geração em geração.

 Evangelho

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João (Jo 13, 31-33ª. 34-35):

Depois que Judas saiu do cenáculo, disse Jesus: “Agora foi glorificado o Filho do Homem, e Deus foi glorificado nele. Se Deus foi glorificado nele, também Deus o glorificará em si mesmo, e o glorificará logo.
Filhinhos, por pouco tempo estou ainda convosco. Eu vos dou um novo mandamento: amai-vos uns aos outros. Como eu vos amei, assim também vós deveis amar-vos uns aos outros. Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros”.


Palavra da Salvação.



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segunda-feira, 11 de abril de 2016

Liturgia da Palavra: 17 de abril de 2016 - Domingo.

IV Domingo da Páscoa
(Cor branca, Glória, Creio , IV Semana do Saltério)

Oração do dia

Deus eterno e todo-poderoso, conduzi-nos à comunhão das alegrias celestes, para que o rebanho possa atingir, apesar de sua fraqueza, a fortaleza do Pastor.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

I   Leitura

Leitura dos Atos dos Apóstolos (13,14.43-52):

Mas eles, deixando Perge, foram para Antioquia da Pisídia. Ali entraram em dia de sábado na sinagoga, e sentaram-se. Depois que a assembléia terminou, muitos judeus e prosélitos devotos seguiram Paulo e Barnabé, os quais com muitas palavras os exortavam a perseverar na graça de Deus.
No sábado seguinte, afluiu quase toda a cidade para ouvir a palavra de Deus. Os judeus, vendo a multidão, encheram-se de inveja e puseram-se a protestar com injúrias contra o que Paulo falava. Então Paulo e Barnabé disseram-lhes resolutamente: “Era a vós que em primeiro lugar se devia anunciar a palavra de Deus. Mas, porque a rejeitais e vos julgais indignos da vida eterna, eis que nos voltamos para os pagãos. Porque o Senhor assim no-lo mandou: ‘Eu te estabeleci para seres luz das nações, e levares a salvação até os confins da terra’”.
Estas palavras encheram de alegria os pagãos que glorificavam a palavra do Senhor. Todos os que estavam predispostos para a vida eterna fizeram ato de fé. Divulgava-se, assim, a palavra do Senhor por toda a região.
Mas os judeus instigaram certas mulheres religiosas da aristocracia e os principais da cidade, que excitaram uma perseguição contra Paulo e Barnabé e os expulsaram do seu território. Estes sacudiram contra eles o pó dos seus pés, e foram a Icônio. Os discípulos, por sua vez, estavam cheios de alegria e do Espírito Santo.

Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial 
(99/100)

Sabei que o Senhor, só ele, é Deus,
nós somos seu povo e seu rebanho. 


Aclamai o Senhor, ó terra inteira,
servi ao Senhor com alegria,
ide a ele cantando jubilosos!

Sabei que o Senhor, só ele, é Deus,
ele mesmo nos fez e somos seus,
nós somos seu povo e seu rebanho.

Sim, é bom o Senhor e nosso Deus,
sua bondade perdura para sempre,
seu amor é fiel eternamente!

II   Leitura

Leitura da primeira carta de são João (7,9.14-17):

Depois disso, vi uma grande multidão que ninguém podia contar, de toda nação, tribo, povo e língua: conservavam-se em pé diante do trono e diante do Cordeiro, de vestes brancas e palmas na mão. Respondi-lhe: “Meu Senhor, tu o sabes”. E ele me disse: “Esses são os sobreviventes da grande tribulação; lavaram as suas vestes e as alvejaram no sangue do Cordeiro. Por isso, estão diante do trono de Deus e o servem, dia e noite, no seu templo. Aquele que está sentado no trono os abrigará em sua tenda. Já não terão fome, nem sede, nem o sol ou calor algum os abrasará, porque o Cordeiro, que está no meio do trono, será o seu pastor e os levará às fontes das águas vivas; e Deus enxugará toda lágrima de seus olhos”.

Palavra do Senhor.

Evangelho

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João (10,27-30):

Disse Jesus: “As minhas ovelhas ouvem a minha voz, eu as conheço e elas me seguem. Eu lhes dou a vida eterna; elas jamais hão de perecer, e ninguém as roubará de minha mão. Meu Pai, que mas deu, é maior do que todos; e ninguém as pode arrebatar da mão de meu Pai. Eu e o Pai somos um”.

Palavra da Salvação.


 Comentário ao Evangelho

O PASTOR DAS OVELHAS

Jesus serviu-se da metáfora do pastor para explicitar que tipo de relação desejava estabelecer com seus discípulos. Queria superar os esquemas bem conhecidos na época, pelos quais os mestres tornavam-se verdadeiros tiranos dos discípulos. Sua intenção era ser um mestre diferente. Como?

Sendo um mestre legítimo, seria como o pastor que entra pela porta do curral e não por outras vias, à maneira dos mestres mal-intencionados.

Estabelecendo um relacionamento cordial e amigo com seus discípulos, imitaria o pastor que conversa com suas ovelhas, chama-as pelo nome e as trata com carinho, pois sua função é cuidar delas.

Conduzindo os discípulos de maneira segura, para evitar extravios, assemelhar-se-ia ao pastor que se coloca à frente do rebanho. Suas ovelhas o seguem, sem hesitar, por reconhecerem a voz de seu guia.

Defendendo seu rebanho perigos e das ciladas que a vida lhes prepara. Os mercenários, nos momentos de perigo, deixam as ovelhas entregues à si mesmas. Agem assim, porque são mercenário, incapazes de arriscar suas vidas para defender o rebanho. Jesus, pelo contrário, defenderá os seus discípulos, até o extremo, mesmo tendo de entregar sua própria vida. Portanto, é mais prudente deixar-se guiar por um tal pastor.


 (O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta,
Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE). In: Dom Total

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terça-feira, 5 de abril de 2016

Liturgia da Palavra: 10 de abril de 2016 – Domingo.

III   Domingo da Páscoa 

(Cor branca, Glória, Creio – III semana do Saltério)


Oração do dia

Ó Deus, que o vosso povo sempre exulte pela sua renovação espiritual, para que, tendo recuperado agora com alegria a condição de filhos de Deus, espere com plena confiança o dia da ressurreição.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

I   Leitura

Leitura dos Atos dos Apóstolos (5,27-32.40-41):

Trouxeram-nos e os introduziram no Grande Conselho, onde o sumo sacerdote os interrogou, dizendo: “Expressamente vos ordenamos que não ensinásseis nesse nome. Não obstante isso, tendes enchido Jerusalém de vossa doutrina! Quereis fazer recair sobre nós o sangue deste homem!”
Pedro e os apóstolos replicaram: “Importa obedecer antes a Deus do que aos homens.
 O Deus de nossos pais ressuscitou Jesus, que vós matastes, suspendendo-o num madeiro. Deus elevou-o pela mão direita como Príncipe e Salvador, a fim de dar a Israel o arrependimento e a remissão dos pecados. Deste fato nós somos testemunhas, nós e o Espírito Santo, que Deus deu a todos aqueles que lhe obedecem”.
Chamaram os apóstolos e mandaram açoitá-los. Ordenaram-lhes então que não pregassem mais em nome de Jesus, e os soltaram.
 Eles saíram da sala do Grande Conselho, cheios de alegria, por terem sido achados dignos de sofrer afrontas pelo nome de Jesus.

Palavra do Senhor.

Salmo responsorial 
(29/30)

Eu vos exalto, ó Senhor,
porque vós me livrastes.

Eu vos exalto, ó Senhor, porque vós me livrastes
e não deixastes rir de mim meus inimigos!
Vós tirastes minha alma dos abismos
e me salvastes quando estava morrendo.


Cantai salmos ao Senhor, povo fiel,
dai-lhe graças e invocai seu santo nome!
Pois sua ira dura apenas um momento,
Mas sua bondade permanece a vida inteira;
Se a tarde vem o pranto visitar-nos,
de manhã vem saudar-nos a alegria.


Escutai-me, Senhor Deus, tente piedade!
Sede, Senhor, o meu abrigo protetor!
Transformastes o meu pranto em uma festa,
Senhor meu Deus, eternamente hei de louvar-vos!

II   Leitura
Leitura do livro do Apocalipse de são João (5,11-14):

Na minha visão ouvi também, ao redor do trono, dos Animais e dos Anciãos, a voz de muitos anjos, em número de miríades de miríades e de milhares de milhares, bradando em alta voz: “Digno é o Cordeiro imolado de receber o poder, a riqueza, a sabedoria, a força, a glória, a honra e o louvor”.
E todas as criaturas que estão no céu, na terra, debaixo da terra e no mar, e tudo que contêm, eu as ouvi clamar: “Àquele que se assenta no trono e ao Cordeiro, louvor, honra, glória e poder pelos séculos dos séculos”.
E os quatro Animais diziam: “Amém!” Os Anciãos prostravam-se e adoravam.

Palavra do Senhor.
 
Evangelho

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João (21,1-19):

Depois disso, tornou Jesus a manifestar-se aos seus discípulos junto ao lago de Tiberíades. Manifestou-se deste modo: Estavam juntos Simão Pedro, Tomé (chamado Dídimo), Natanael (que era de Caná da Galiléia), os filhos de Zebedeu e outros dois dos seus discípulos. Disse-lhes Simão Pedro: “Vou pescar”. Responderam-lhe eles: “Também nós vamos contigo”. Partiram e entraram na barca. Naquela noite, porém, nada apanharam. Chegada a manhã, Jesus estava na praia. Todavia, os discípulos não o reconheceram. Perguntou-lhes Jesus: “Amigos, não tendes acaso alguma coisa para comer?”  “Não”, responderam-lhe.
Disse-lhes ele: “Lançai a rede ao lado direito da barca e achareis”. Lançaram-na, e já não podiam arrastá-la por causa da grande quantidade de peixes.
Então aquele discípulo, que Jesus amava, disse a Pedro: “É o Senhor!” Quando Simão Pedro ouviu dizer que era o Senhor, cingiu-se com a túnica (porque estava nu) e lançou-se às águas.
Os outros discípulos vieram na barca, arrastando a rede dos peixes (pois não estavam longe da terra, senão cerca de duzentos côvados).
 Ao saltarem em terra, viram umas brasas preparadas e um peixe em cima delas, e pão.
Disse-lhes Jesus: “Trazei aqui alguns dos peixes que agora apanhastes”.
 Subiu Simão Pedro e puxou a rede para a terra, cheia de cento e cinqüenta e três peixes grandes. Apesar de serem tantos, a rede não se rompeu.
Disse-lhes Jesus: “Vinde, comei”. Nenhum dos discípulos ousou perguntar-lhe: “Quem és tu?”, pois bem sabiam que era o Senhor.  Jesus aproximou-se, tomou o pão e lhos deu, e do mesmo modo o peixe.
Era esta já a terceira vez que Jesus se manifestava aos seus discípulos, depois de ter ressuscitado.
 Tendo eles comido, Jesus perguntou a Simão Pedro: “Simão, filho de João, amas-me mais do que estes?” Respondeu ele: “Sim, Senhor, tu sabes que te amo”. Disse-lhe Jesus: “Apascenta os meus cordeiros”.  Perguntou-lhe outra vez: “Simão, filho de João, amas-me?” Respondeu-lhe: “Sim, Senhor, tu sabes que te amo”. Disse-lhe Jesus: “Apascenta os meus cordeiros”.
Perguntou-lhe pela terceira vez: “Simão, filho de João, amas-me?” Pedro entristeceu-se porque lhe perguntou pela terceira vez: “Amas-me?”, e respondeu-lhe: “Senhor, sabes tudo, tu sabes que te amo”. Disse-lhe Jesus: “Apascenta as minhas ovelhas.
Em verdade, em verdade te digo: quando eras mais moço, cingias-te e andavas aonde querias. Mas, quando fores velho,
estenderás as tuas mãos, e outro te cingirá e te levará para onde não queres”.  Por estas palavras, ele indicava o gênero de morte com que havia de glorificar a Deus. E depois de assim ter falado, acrescentou: “Segue-me!”

Palavra da Salvação. 



Comentário ao Evangelho
CUIDA DAS MINHAS OVELHAS

A morte de cruz encerrou o ministério terreno de Jesus. Ao exclamar: "Tudo está consumado!", ele proclamou ter levado a termo a missão recebida do Pai.

Todavia, restava muito a ser feito. O Evangelho deveria ser anunciado a todos os povos, e a salvação chegar até os confins da Terra. A sementinha do Reino não podia ficar infrutífera. Era preciso fazê-la desabrochar para tornar-se uma árvore frondosa.

A missão, agora, seria tarefa dos discípulos. Com que condições? A primeira delas consistia em estar unido ao Senhor por um amor entranhado, numa proximidade tal que lhes permitisse assimilar a vida do Mestre. Esta centralidade de Jesus na vida do discípulo seria garantia de sua presença no decorrer da missão. A segunda consistia em estar consciente de ter sido encarregado de uma missão recebida do Senhor. O discípulo atuaria como servidor dessa missão, e não como dono do rebanho!

Ao ser três vezes interrogado, Pedro confessou seu amor a Jesus. Este, então, confiou-lhe o encargo de cuidar de suas ovelhas. O rebanho não é propriedade do discípulo, e a relação entre ambos deve ser permeada pelo amor do Senhor.
      
O ministério, portanto, teria três pólos: Jesus que confia a missão - o discípulo que a executa, por amor - e o rebanho a ser conduzido pelos caminhos do Senhor.


(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, 
Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE). In: Dom Total

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