“Para levar Deus aos homens e homens a Deus”

segunda-feira, 30 de maio de 2016

Liturgia da Palavra: 5 de Junho de 2016 – Domingo.


X DOMINGO SEMANA DO TEMPO COMUM
(Cor verde, Glória, Creio, II Semana do Saltério)

Oração do dia

Ó Deus, fonte de todo bem, atendei ao nosso apelo e fazei-nos, por vossa inspiração, pensar o que é certo e realizá-lo com vossa ajuda.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

I   Leitura

Leitura do primeiro livro dos Reis (17,17-24):

Algum tempo depois, o filho desta mulher, dona da casa, adoeceu, e seu mal era tão grave que já não respirava. A mulher disse a Elias: “Que há entre nós dois, homem de Deus? Vieste, pois, à minha casa para lembrar-me os meus pecados e matar o meu filho?”  “Dá-me o teu filho”, respondeu-lhe Elias. Ele tomou-o dos braços de sua mãe e levou-o ao quarto de cima onde dormia e deitou-o em seu leito. Em seguida, orou ao Senhor, dizendo: “Senhor, meu Deus, até a uma viúva, que me hospeda, quereis afligir, matando-lhe o filho?” Estendeu-se em seguida sobre o menino por três vezes, invocando de novo o Senhor: “Senhor, meu Deus, rogo-vos que a alma deste menino volte a ele”. O Senhor ouviu a oração de Elias: a alma do menino voltou a ele, e ele recuperou a vida. Elias tomou o menino, desceu do quarto superior ao interior da casa e entregou-o à mãe, dizendo: “Vê: teu filho vive”.  A mulher exclamou: “Agora vejo que és um homem de Deus e que a palavra de Deus está verdadeiramente em teus lábios”.

Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial (29/30)

Eu vos exalto, ó Senhor, pois me livrastes
e preservastes minha vida da morte!


Eu vos exalto, ó Senhor, pois me livrastes
e não deixastes rir de mim meus inimigos!
Vós tirastes minha alma dos abismos
e me salvastes quando estava já morrendo!

Cantai salmos ao Senhor, povo fiel,
dai-lhe graças e invocai seu santo nome!
Pois sua ira dura apenas um momento,
mas sua bondade permanece a vida inteira;
se à tarde vem o pranto visitar-nos,
de manhã vem saudar-nos a alegria.

Escutai-me, Senhor Deus, tende piedade!
Sede, Senhor, o meu abrigo protetor!
Transformastes o meu pranto em uma fresta,
             Senhor meu Deus, eternamente hei de louvar-vos!            

II    Leitura

Leitura da carta de são Paulo aos Gálatas (Gálatas 1,11-19):

Asseguro-vos, irmãos, que o Evangelho pregado por mim não tem nada de humano. Não o recebi nem o aprendi de homem algum, mas mediante uma revelação de Jesus Cristo. Certamente ouvistes falar de como outrora eu vivia no judaísmo, com que excesso perseguia a Igreja de Deus e a assolava; avantajava-me no judaísmo a muitos dos meus companheiros de idade e nação, extremamente zeloso das tradições de meus pais.
Mas, quando aprouve àquele que me reservou desde o seio de minha mãe e me chamou pela sua graça, para revelar seu Filho em minha pessoa, a fim de que eu o tornasse conhecido entre os gentios, imediatamente, sem consultar a ninguém, sem ir a Jerusalém para ver os que eram apóstolos antes de mim, parti para a Arábia; de lá regressei a Damasco. Três anos depois subi a Jerusalém para conhecer Cefas, e fiquei com ele quinze dias. Dos outros apóstolos não vi mais nenhum, a não ser Tiago, irmão do Senhor.

Palavra do Senhor.

Evangelho

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas (7,11-17):

No dia seguinte dirigiu-se Jesus a uma cidade chamada Naim. Iam com ele diversos discípulos e muito povo. Ao chegar perto da porta da cidade, eis que levavam um defunto a ser sepultado, filho único de uma viúva; acompanhava-a muita gente da cidade. Vendo-a o Senhor, movido de compaixão para com ela, disse-lhe: “Não chores!”
E aproximando-se, tocou no esquife, e os que o levavam pararam. Disse Jesus: “Moço, eu te ordeno, levanta-te.” Sentou-se o que estivera morto e começou a falar, e Jesus entregou-o à sua mãe. Apoderou-se de todos o temor, e glorificavam a Deus, dizendo: “Um grande profeta surgiu entre nós: Deus voltou os olhos para o seu povo”.
A notícia deste fato correu por toda a Judéia e por toda a circunvizinhança.

Palavra da Salvação.


Comentário ao Evangelho

A VIDA RESTAURADA

A ressurreição do filho único da viúva de Naim revela Jesus como o Messias, prenunciado pelos profetas, restaurador da vida fragilizada pelo pecado. Esta será uma chave de leitura importante de seu ministério.

O profeta Elias havia ressuscitado o filho de uma pobre viúva, que lhe havia dado de comer, num tempo de seca e de carestia. A expectativa da volta desse profeta, no fim dos tempos, levava muitos a nutrir a esperança de que ele realizaria a mesma sorte de milagres. No apocalipse de Isaías, os habitantes do pó - os mortos - são convocados para despertar e se alegrar, já que, pela força de Deus, os defuntos reviverão e os cadáveres ressurgirão. Estes e outros textos do Antigo Testamento levavam os judeus a esperar uma era messiânica, na qual haveria uma ressurreição geral de todos os justos de Israel.

O milagre evangélico projeta-se neste pano de fundo. Em Jesus, as esperanças messiânicas atingem seu pleno cumprimento. Ele é o Messias esperado. Mas, seu modo de ser superava em muito os esquemas messiânicos acalentados pela piedade popular. Tinham razão as testemunhas do milagre, quando proclamaram: "um grande profeta surgiu entre nós, e Deus visitou seu povo!" Entre eles, porém, estava o Filho querido do Pai, com a missão de oferecer vida nova à humanidade. O rapaz ressuscitado tornava-se um símbolo desta realidade.



(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, 
Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE).  In:  Dom Total


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terça-feira, 24 de maio de 2016

Liturgia da Palavra - 29 de Maio de 2016 – Domingo.


IX SEMANA DO TEMPO COMUM
(Cor verde, Glória, Creio, I Semana do Saltério)



Oração do dia            

Ó Deus, cuja providência jamais falha, nós vos suplicamos humildemente: afastai de nós o que é nocivo e concedei-nos tudo o que for útil.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

I   Leitura

Leitura do primeiro livro dos Reis (8,41-43):

Naqueles dias, Salomão rezou no templo, dizendo: Quanto ao estrangeiro, que não pertence ao vosso povo de Israel, quando vier de uma terra longínqua por causa de vosso nome, porque se ouvirá falar da grandeza de vosso nome, da força de vossa mão e do poder de vosso braço, - quando vier orar neste templo,
ouvi-o do alto dos céus, do alto de vossa morada, ouvi-o e fazei tudo o que esse estrangeiro vos pedir. Então todos os povos da terra conhecerão o vosso nome, vos temerão como o vosso povo de Israel, e saberão que o vosso nome é invocado sobre esta casa que edifiquei”.

Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial (116/117)

Ide, vós, por este mundo afora
e proclamai o evangelho a todos!

Cantai louvores ao Senhor, todas as gentes,
povos todos, festejai-o!

Pois comprovado é seu amor para conosco,
para sempre ele é fiel.

II   Leitura

Início da carta de são Paulo aos Gálatas (1,1-2.6-10):

Paulo apóstolo - não da parte de homens, nem por meio de algum homem, mas por Jesus Cristo e por Deus Pai que o ressuscitou dos mortos  e todos os irmãos que estão comigo, às igrejas da Galácia. Estou admirado de que tão depressa passeis daquele que vos chamou à graça de Cristo para um evangelho diferente. De fato, não há dois (evangelhos): há apenas pessoas que semeiam a confusão entre vós e querem perturbar o Evangelho de Cristo. Mas, ainda que alguém - nós ou um anjo baixado do céu - vos anunciasse um evangelho diferente do que vos temos anunciado, que ele seja anátema.
Repito aqui o que acabamos de dizer: se alguém pregar doutrina diferente da que recebestes, seja ele excomungado!
É, porventura, o favor dos homens que eu procuro, ou o de Deus? Por acaso tenho interesse em agradar aos homens? Se quisesse ainda agradar aos homens, não seria servo de Cristo.

Palavra do Senhor.

Evangelho

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas (7,1-10):

Tendo Jesus concluído todos os seus discursos ao povo que o escutava, entrou em Cafarnaum. Havia lá um centurião que tinha um servo a quem muito estimava e que estava à morte. Tendo ouvido falar de Jesus, enviou-lhe alguns anciãos dos judeus, rogando-lhe que o viesse curar. Aproximando-se eles de Jesus, rogavam-lhe encarecidamente: “Ele bem merece que lhe faças este favor, pois é amigo da nossa nação e foi ele mesmo quem nos edificou uma sinagoga”.
Jesus então foi com eles. E já não estava longe da casa, quando o centurião lhe mandou dizer por amigos seus: “Senhor, não te incomodes tanto assim, porque não sou digno de que entres em minha casa; por isso nem me achei digno de chegar-me a ti, mas dize somente uma palavra e o meu servo será curado. Pois também eu, simples subalterno, tenho soldados às minhas ordens; e digo a um: ‘Vai ali!’ E ele vai; e a outro: ‘Vem cá!’ E ele vem; e ao meu servo: ‘Faze isto!’ E ele o faz.
Ouvindo estas palavras, Jesus ficou admirado. E, voltando-se para o povo que o ia seguindo, disse: “Em verdade vos digo: nem mesmo em Israel encontrei tamanha fé”.  Voltando para a casa do centurião os que haviam sido enviados, encontraram o servo curado.

Palavra da salvação.


Comentário ao Evangelho

UNIVERSALIDADE DA MISSÃO

Ao atender o pedido do oficial romano, Jesus ensinou aos seus discípulos a estarem prontos para realizar uma missão universal, para além dos limites do povo de Israel. Esta advertência justifica-se, se considerarmos a mentalidade segregacionista de seus contemporâneos, para os quais o contato com os pagãos deveria ser ciosamente evitado.

O pedido do oficial romano, que chegou até Jesus pela mediação de alguns judeus, foi aceito de imediato. O Mestre dispôs-se a ir até onde se encontrava o homem enfermo, a fim de curá-lo, sem se importar com o perigo de contrair impureza. Então o oficial, agiu com extrema delicadeza. Ao pensar que seria constrangedor para o judeu Jesus ter de entrar na casa de um pagão, sugeriu-lhe fazer o milagre à distância, sem o incômodo de infringir as rigorosas leis religiosas de seu povo. O segundo pedido do oficial foi uma inequívoca confissão de fé. Ele merecia ser atendido sem demora.

A constatação da "fé" deste pagão, maior que a de qualquer israelita, era um alerta para os discípulos: deveriam estar atentos à boa-vontade dos pagãos, em acolher o Reino. Se, fora de Israel, o Reino produzia seus efeitos nos corações das pessoas, por que limitar seu anúncio aos israelitas? O Reino não era propriedade particular de ninguém. Quem o acolhesse na fé, estaria em condições de ser agraciado por ele.


(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, 
Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE). In: Dom Total


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segunda-feira, 16 de maio de 2016

Liturgia da Palavra: 22 de maio de 2016 – Domingo.

SANTÍSSIMA TRINDADE
(Cor branca, Glória, Creio, Prefácio Próprio, IV Semana do Saltério)


Oração do dia

Ó Deus, nosso Pai, enviando ao mundo a Palavra da Verdade e o Espírito santificador, revelastes o vosso inefável mistério. Fazei que, professando a verdadeira fé, reconheçamos a glória da Trindade e adoremos a Unidade onipotente.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

I   Leitura

Leitura do livro dos Provérbios (8,22-31):

O Senhor me criou, como primícia de suas obras, desde o princípio, antes do começo da terra. Desde a eternidade fui formada, antes de suas obras dos tempos antigos. Ainda não havia abismo quando fui concebida, e ainda as fontes das águas não tinham brotado. Antes que assentados fossem os montes, antes dos outeiros, fui dada à luz; antes que fossem feitos a terra e os campos e os primeiros elementos da poeira do mundo. Quando ele preparava os céus, ali estava eu; quando traçou o horizonte na superfície do abismo, quando firmou as nuvens no alto, quando dominou as fontes do abismo, quando impôs regras ao mar, para que suas águas não transpusessem os limites, quando assentou os fundamentos da terra, junto a ele estava eu como artífice, brincando todo o tempo diante dele, brincando sobre o globo de sua terra, achando as minhas delícias junto aos filhos dos homens.

Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial (8)

Ó Senhor nosso Deus, como é grande
vosso nome por todo o universo!

Contemplando estes céus que plasmastes
e formastes com dedos de artista;
vendo a lua e estrelas brilhantes,

perguntamos: “Senhor, que é o homem,
para dele assim vos lembrardes
e o tratardes com tanto carinho?”
Pouco abaixo de Deus o fizestes,
coroado-o de glória e esplendor;
vós lhe destes poder sobre tudo,
vossas obras aos pés lhe pusestes.

As ovelhas, os bois, os rebanhos,
todo o gado e as feras da mata;
passarinhos e peixes dos mares,
todo ser que se move nas águas.

II   Leitura

Leitura da carta de são Paulo aos Romanos (5,1-5):

Justificados, pois, pela fé temos a paz com Deus, por meio de nosso Senhor Jesus Cristo. Por ele é que tivemos acesso a essa graça, na qual estamos firmes, e nos gloriamos na esperança de possuir um dia a glória de Deus. Não só isso, mas nos gloriamos até das tribulações. Pois sabemos que a tribulação produz a paciência, a paciência prova a fidelidade e a fidelidade, comprovada, produz a esperança. E a esperança não engana. Porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado.

Palavra do Senhor.

Evangelho

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João (16,12-15):

Disse Jesus a seus discípulos: “Muitas coisas ainda tenho a dizer-vos, mas não as podeis suportar agora. Quando vier o Paráclito, o Espírito da Verdade, ensinar-vos-á toda a verdade, porque não falará por si mesmo, mas dirá o que ouvir, e anunciar-vos-á as coisas que virão. Ele me glorificará, porque receberá do que é meu, e vo-lo anunciará.
Tudo o que o Pai possui é meu. Por isso, disse: Há de receber do que é meu, e vo-lo anunciará”.

Palavra da Salvação.


Comentário ao Evangelho

A TRINDADE SANTA

Uma das novidades fundamentais do ensinamento de Jesus, sem precedente na teologia judaica, foi a revelação da Trindade santíssima. A linguagem do Mestre foi toda permeada de referências à dimensão trinitária de Deus. Se a privarmos deste elemento, deixaria de ser linguagem cristã sobre Deus. Sem renunciar aos elementos constitutivos da teologia judaica, Jesus deu um passo adiante, dando ao monoteísmo uma nova visão para a mentalidade tradicional.

O texto evangélico é uma pequena mostra da teologia cristã. Falando do Espírito de verdade, Jesus faz referência à sua ação junto aos discípulos, no sentido de recordar-lhes "toda a verdade", ou seja, tudo quanto haviam aprendido do Mestre. Entretanto, as palavras dos discípulos deveriam corresponder ao que haviam recebido. De quem? Do Pai, mas também de Jesus, que tinha ainda muitas coisas para lhes ensinar, mas que eles não estavam em condições de receber. A ação do Espírito da verdade redundaria em glorificação do Filho Jesus, pois o faria mais conhecido e amado pelos discípulos. Portanto, entre o Filho e o Espírito da verdade existe perfeita comunhão.

Por outro lado, entre Jesus e o Pai reina, igualmente, plena unidade. O que é do Pai pertence a ele também, e a tal ponto que as coisas recebidas do Pai, pelo Espírito da verdade, podem ser atribuídas também a Jesus.


Pai, Filho, Espírito Santo são o modelo de comunhão para a comunidade.

(Comentário, In: Dom Total)

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segunda-feira, 9 de maio de 2016

Liturgia da Palavra: 15 de maio de 2016 – Domingo. PENTECOSTES.


DOMINGO DE PENTECOSTES
“Recebei o Espírito Santo.”

(Cor vermelha, Glória, Creio, Prefácio próprio – Ofício da solenidade)



Oração do dia

Ó Deus, que, pelo mistério da festa de hoje, santificais a vossa Igreja inteira, em todos os povos e nações, derramai por toda a extensão do mundo os dons do Espírito Santo e realizai agora, no coração dos fiéis, as maravilhas que operastes no início da pregação do Evangelho.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

I   Leitura

Leitura dos Atos dos Apóstolos (2,1-11):

Chegando o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar. De repente, veio do céu um ruído, como se soprasse um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam sentados. Apareceu-lhes então uma espécie de línguas de fogo que se repartiram e pousaram sobre cada um deles. Ficaram todos cheios do Espírito Santo e começaram a falar em línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem.
Achavam-se então em Jerusalém judeus piedosos de todas as nações que há debaixo do céu. Ouvindo aquele ruído, reuniu-se muita gente e maravilhava-se de que cada um os ouvia falar na sua própria língua. Profundamente impressionados, manifestavam a sua admiração: "Não são, porventura, galileus todos estes que falam? Como então todos nós os ouvimos falar, cada um em nossa própria língua materna? Partos, medos, elamitas; os que habitam a Macedônia, a Judéia, a Capadócia, o Ponto, a Ásia, a Frígia, a Panfília, o Egito e as províncias da Líbia próximas a Cirene; peregrinos romanos, judeus ou prosélitos, cretenses e árabes; ouvimo-los publicar em nossas línguas as maravilhas de Deus!"

Palavra do Senhor.
  
Salmo 103/104

Enviai o vosso Espírito, Senhor,
e da terra toda a face renovai.

Bendize, ó minha alma, ao Senhor!
Ó meu Deus e meu Senhor, como sois grande!
Quão numerosas, ó Senhor, são vossas obras!
Encheu-se a terra com as vossas criaturas1

Se tirais o seu respiro, elas perecem
e voltam para o pó de onde vieram.
Enviais o vosso espírito e renascem
e da terra toda a face renovais.

Que a glória do Senhor perdure sempre,
e alegre-se o Senhor em suas obras!
Hoje, seja-lhe agradável o meu canto,
pois o Senhor é a minha grande alegria!

II   LEITURA

Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios (12,3b-7.12-13):

Irmãos, ninguém pode dizer: Jesus é o Senhor, a não ser no Espírito Santo. Há diversidade de dons, mas um mesmo é o Espírito. Há diversidade de ministérios, mas um mesmo é o Senhor. Há diferentes atividades, mas um mesmo Deus que realiza todas as coisas em todos. A cada um é dada a manifestação do Espírito em vista do bem comum. Como o corpo é um, embora tenha muitos membros, e como todos os membros do corpo, embora sejam muitos, formam um só corpo, assim também acontece com Cristo. De fato, todos nós, judeus ou gregos, escravos ou livres, fomos batizados num único Espírito, para formarmos um único corpo, e todos nós bebemos de um único Espírito.

Palavra do Senhor.

SEQUÊNCIA

1. Espírito de Deus, enviai dos céus um raio de luz!
Vinde, Pai dos pobres, dai aos corações vossos sete dons.

2. Consolo que acalma, hóspede da alma, doce alívio, vinde!
No labor descanso, na aflição remanso, no calor aragem.

3. Ao sujo lavai, ao seco regai, curai o doente.
Dobrai o que é duro, guiai no escuro, o frio aquecei.

4. Enchei, luz bendita, chama que crepita, o íntimo de nós!
Sem a luz que acode nada o homem pode, nenhum bem há nele.

5. Dai à vossa Igreja, que espera e deseja, vossos sete dons.
Dai em prêmio ao forte uma santa morte, alegria eterna.
Amém!

Evangelho

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João (20,19-23):

Na tarde do mesmo dia, que era o primeiro da semana, os discípulos tinham fechado as portas do lugar onde se achavam, por medo dos judeus. Jesus veio e pôs-se no meio deles. Disse-lhes ele: "A paz esteja convosco!"
Dito isso, mostrou-lhes as mãos e o lado. Os discípulos alegraram-se ao ver o Senhor. Disse-lhes outra vez: "A paz esteja convosco! Como o Pai me enviou, assim também eu vos envio a vós".
Depois dessas palavras, soprou sobre eles dizendo-lhes: "Recebei o Espírito Santo.  Àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos".

Palavra da Salvação.

 
Comentário do Evangelho

O SOPRO DO ESPÍRITO

Foi necessário uma intervenção firme de Jesus para que os discípulos superassem o bloqueio causado por sua morte na cruz, e assumissem, com destemor, a missão recebida de serem portadores da Boa-Nova da salvação.

A cena evangélica apresenta Jesus ressuscitado indo ao encontro dos discípulos, trancados numa sala, por medo dos judeus. A pressão externa, somada à experiência traumática da cruz, levou-os ao desânimo, pondo em risco o projeto que lhes fora confiado.

A presença do Ressuscitado, augurando-lhes paz, devolveu-lhes a esperança. Os discípulos se alegraram ao constatarem que o Senhor estava vivo, presente no meio deles, e contava com eles para levar adiante a missão que o Pai lhe confiara.

Seria preciso passar por um processo de reconstrução interior, para se capacitarem para esta missão. Por isso, o Ressuscitado “soprou sobre eles” e lhes concedeu o Espírito Santo e o poder de perdoar,  reconciliando os pecadores com Deus.

Tal dom do Espírito fazia-se necessário para os discípulos, confrontados com um mundo hostil. Repletos do Espírito divino, podiam, agora, sair pelo mundo para oferecer a todos a vida eterna que Jesus concedia em abundância aos que acreditassem nele. (
In: Dom Total )


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segunda-feira, 2 de maio de 2016

Liturgia da Palavra: 8 de maio de 2016 – Domingo.

Solenidade Ascensão do Senhor

(Cor branca, Glória, Creio, Prefácio da Ascensão – Ofício da solenidade)

Oração do dia

Ó Deus todo-poderoso, a ascensão do vosso Filho já é nossa vitória. Fazei-nos exultar de alegria e fervorosa ação de graças, pois, membros de seu corpo, somos chamados na esperança a participar da sua glória.

Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espí- rito Santo.

I   Leitura

Leitura dos Atos dos Apóstolos (1,1-11):

No meu primeiro livro, ó Teófilo, já tratei de tudo o que Jesus fez e ensinou, desde o começo, até o dia em que foi levado para o céu, depois de ter dado instruções pelo Espírito Santo aos apóstolos que tinha escolhido. Foi a eles que Jesus se mostrou vivo depois de sua paixão, com numerosas provas. Durante quarenta dias, apareceu-lhes falando do Reino de Deus.
Durante uma refeição, deu-lhes esta ordem: “Não vos afasteis de Jerusalém, mas esperai a realização da promessa do Pai, da qual vós me ouvistes falar: ‘João batizou com água; vós, porém, sereis batizados com o Espírito Santo, dentro de poucos dias’”.
Então, os que estavam reunidos perguntaram a Jesus: “Senhor, é agora que vais restaurar o Reino em Israel?”
Jesus respondeu: “Não vos cabe saber os tempos e os momentos que o Pai determinou com a sua própria autoridade. Mas recebereis o poder do Espírito Santo que descerá sobre vós, para serdes minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judeia e na Samaria, e até os confins da terra”.
Depois de dizer isto, Jesus foi levado ao céu, à vista deles. Uma nuvem o encobriu, de forma que seus olhos não podiam mais vê-lo. Os apóstolos continuavam olhando para o céu, enquanto Jesus subia. Apareceram então dois homens vestidos de branco, que lhes disseram: “Homens da Galileia, por que ficais aqui, parados, olhando para o céu? Esse Jesus, que vos foi levado para o céu, virá do mesmo modo como o vistes partir para o céu”.


Palavra do Senhor.

Salmo responsorial (46)


Por entre aclamações Deus se elevou,
o Senhor subiu ao toque da trombeta.

Povos todos do universo, batei palmas,
gritai a Deus aclamações de alegria!
Porque sublime é o Senhor, o Deus Altíssimo,
o soberano que domina toda a terra.

Por entre aclamações Deus se elevou
o Senhor subiu ao toque da trombeta.
Salmodiai ao nosso Deus ao som da harpa,
salmodiai ao som da harpa ao nosso Rei!

Porque Deus é o grande Rei de toda a terra,
ao som da harpa acompanhai os seus louvores!
Deus reina sobre todas as nações.
Está sentado no seu trono glorioso.



II   Leitura

Leitura da Carta de São Paulo aos Efésios (1,17-23):

Irmãos: O Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai a quem pertence a glória, vos dê um espírito de sabedoria que vo-lo revele e faça verdadeiramente conhecer. Que ele abra o vosso coração à sua luz, para que saibais qual a esperança que o seu chamamento vos dá, qual a riqueza da glória que está na vossa herança com os santos, e que imenso poder ele exerceu em favor de nós que cremos, de acordo com a sua ação e força onipotente.
Ele manifestou sua força em Cristo, quando o ressuscitou dos mortos e o fez sentar-se à sua direita nos céus, bem acima de toda a autoridade, poder, potência, soberania ou qualquer título que se possa mencionar, não somente neste mundo, mas ainda no mundo futuro.
Sim, ele pôs tudo sob seus pés e fez dele, que está acima de tudo, a Cabeça da Igreja, que é o seu corpo, a plenitude daquele que possui a plenitude universal.


Palavra do Senhor.


Evangelho

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas (24,46-53):

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: “Assim está escrito: O Cristo sofrerá e ressuscitará dos mortos ao terceiro dia e no seu nome serão anunciados a conversão e o perdão dos pecados a todas as nações, começando por Jerusalém.
Vós sereis testemunhas de tudo isso. Eu enviarei sobre vós aquele que meu Pai prometeu. Por isso, permanecei na cidade, até que sejais revestidos da força do alto”.
Então Jesus levou-os para fora, até perto de Betânia. Ali ergueu as mãos e abençoou-os. Enquanto os abençoava, afastou-se deles e foi levado para o céu. Eles o adoraram. Em seguida voltaram para Jerusalém, com grande alegria. E estavam sempre no Templo, bendizendo a Deus.


Palavra da Salvação.





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