“Para levar Deus aos homens e homens a Deus”

terça-feira, 24 de maio de 2016

Liturgia da Palavra - 29 de Maio de 2016 – Domingo.


IX SEMANA DO TEMPO COMUM
(Cor verde, Glória, Creio, I Semana do Saltério)



Oração do dia            

Ó Deus, cuja providência jamais falha, nós vos suplicamos humildemente: afastai de nós o que é nocivo e concedei-nos tudo o que for útil.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

I   Leitura

Leitura do primeiro livro dos Reis (8,41-43):

Naqueles dias, Salomão rezou no templo, dizendo: Quanto ao estrangeiro, que não pertence ao vosso povo de Israel, quando vier de uma terra longínqua por causa de vosso nome, porque se ouvirá falar da grandeza de vosso nome, da força de vossa mão e do poder de vosso braço, - quando vier orar neste templo,
ouvi-o do alto dos céus, do alto de vossa morada, ouvi-o e fazei tudo o que esse estrangeiro vos pedir. Então todos os povos da terra conhecerão o vosso nome, vos temerão como o vosso povo de Israel, e saberão que o vosso nome é invocado sobre esta casa que edifiquei”.

Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial (116/117)

Ide, vós, por este mundo afora
e proclamai o evangelho a todos!

Cantai louvores ao Senhor, todas as gentes,
povos todos, festejai-o!

Pois comprovado é seu amor para conosco,
para sempre ele é fiel.

II   Leitura

Início da carta de são Paulo aos Gálatas (1,1-2.6-10):

Paulo apóstolo - não da parte de homens, nem por meio de algum homem, mas por Jesus Cristo e por Deus Pai que o ressuscitou dos mortos  e todos os irmãos que estão comigo, às igrejas da Galácia. Estou admirado de que tão depressa passeis daquele que vos chamou à graça de Cristo para um evangelho diferente. De fato, não há dois (evangelhos): há apenas pessoas que semeiam a confusão entre vós e querem perturbar o Evangelho de Cristo. Mas, ainda que alguém - nós ou um anjo baixado do céu - vos anunciasse um evangelho diferente do que vos temos anunciado, que ele seja anátema.
Repito aqui o que acabamos de dizer: se alguém pregar doutrina diferente da que recebestes, seja ele excomungado!
É, porventura, o favor dos homens que eu procuro, ou o de Deus? Por acaso tenho interesse em agradar aos homens? Se quisesse ainda agradar aos homens, não seria servo de Cristo.

Palavra do Senhor.

Evangelho

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas (7,1-10):

Tendo Jesus concluído todos os seus discursos ao povo que o escutava, entrou em Cafarnaum. Havia lá um centurião que tinha um servo a quem muito estimava e que estava à morte. Tendo ouvido falar de Jesus, enviou-lhe alguns anciãos dos judeus, rogando-lhe que o viesse curar. Aproximando-se eles de Jesus, rogavam-lhe encarecidamente: “Ele bem merece que lhe faças este favor, pois é amigo da nossa nação e foi ele mesmo quem nos edificou uma sinagoga”.
Jesus então foi com eles. E já não estava longe da casa, quando o centurião lhe mandou dizer por amigos seus: “Senhor, não te incomodes tanto assim, porque não sou digno de que entres em minha casa; por isso nem me achei digno de chegar-me a ti, mas dize somente uma palavra e o meu servo será curado. Pois também eu, simples subalterno, tenho soldados às minhas ordens; e digo a um: ‘Vai ali!’ E ele vai; e a outro: ‘Vem cá!’ E ele vem; e ao meu servo: ‘Faze isto!’ E ele o faz.
Ouvindo estas palavras, Jesus ficou admirado. E, voltando-se para o povo que o ia seguindo, disse: “Em verdade vos digo: nem mesmo em Israel encontrei tamanha fé”.  Voltando para a casa do centurião os que haviam sido enviados, encontraram o servo curado.

Palavra da salvação.


Comentário ao Evangelho

UNIVERSALIDADE DA MISSÃO

Ao atender o pedido do oficial romano, Jesus ensinou aos seus discípulos a estarem prontos para realizar uma missão universal, para além dos limites do povo de Israel. Esta advertência justifica-se, se considerarmos a mentalidade segregacionista de seus contemporâneos, para os quais o contato com os pagãos deveria ser ciosamente evitado.

O pedido do oficial romano, que chegou até Jesus pela mediação de alguns judeus, foi aceito de imediato. O Mestre dispôs-se a ir até onde se encontrava o homem enfermo, a fim de curá-lo, sem se importar com o perigo de contrair impureza. Então o oficial, agiu com extrema delicadeza. Ao pensar que seria constrangedor para o judeu Jesus ter de entrar na casa de um pagão, sugeriu-lhe fazer o milagre à distância, sem o incômodo de infringir as rigorosas leis religiosas de seu povo. O segundo pedido do oficial foi uma inequívoca confissão de fé. Ele merecia ser atendido sem demora.

A constatação da "fé" deste pagão, maior que a de qualquer israelita, era um alerta para os discípulos: deveriam estar atentos à boa-vontade dos pagãos, em acolher o Reino. Se, fora de Israel, o Reino produzia seus efeitos nos corações das pessoas, por que limitar seu anúncio aos israelitas? O Reino não era propriedade particular de ninguém. Quem o acolhesse na fé, estaria em condições de ser agraciado por ele.


(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, 
Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE). In: Dom Total


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