“Para levar Deus aos homens e homens a Deus”

segunda-feira, 30 de maio de 2016

Liturgia da Palavra: 5 de Junho de 2016 – Domingo.


X DOMINGO SEMANA DO TEMPO COMUM
(Cor verde, Glória, Creio, II Semana do Saltério)

Oração do dia

Ó Deus, fonte de todo bem, atendei ao nosso apelo e fazei-nos, por vossa inspiração, pensar o que é certo e realizá-lo com vossa ajuda.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

I   Leitura

Leitura do primeiro livro dos Reis (17,17-24):

Algum tempo depois, o filho desta mulher, dona da casa, adoeceu, e seu mal era tão grave que já não respirava. A mulher disse a Elias: “Que há entre nós dois, homem de Deus? Vieste, pois, à minha casa para lembrar-me os meus pecados e matar o meu filho?”  “Dá-me o teu filho”, respondeu-lhe Elias. Ele tomou-o dos braços de sua mãe e levou-o ao quarto de cima onde dormia e deitou-o em seu leito. Em seguida, orou ao Senhor, dizendo: “Senhor, meu Deus, até a uma viúva, que me hospeda, quereis afligir, matando-lhe o filho?” Estendeu-se em seguida sobre o menino por três vezes, invocando de novo o Senhor: “Senhor, meu Deus, rogo-vos que a alma deste menino volte a ele”. O Senhor ouviu a oração de Elias: a alma do menino voltou a ele, e ele recuperou a vida. Elias tomou o menino, desceu do quarto superior ao interior da casa e entregou-o à mãe, dizendo: “Vê: teu filho vive”.  A mulher exclamou: “Agora vejo que és um homem de Deus e que a palavra de Deus está verdadeiramente em teus lábios”.

Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial (29/30)

Eu vos exalto, ó Senhor, pois me livrastes
e preservastes minha vida da morte!


Eu vos exalto, ó Senhor, pois me livrastes
e não deixastes rir de mim meus inimigos!
Vós tirastes minha alma dos abismos
e me salvastes quando estava já morrendo!

Cantai salmos ao Senhor, povo fiel,
dai-lhe graças e invocai seu santo nome!
Pois sua ira dura apenas um momento,
mas sua bondade permanece a vida inteira;
se à tarde vem o pranto visitar-nos,
de manhã vem saudar-nos a alegria.

Escutai-me, Senhor Deus, tende piedade!
Sede, Senhor, o meu abrigo protetor!
Transformastes o meu pranto em uma fresta,
             Senhor meu Deus, eternamente hei de louvar-vos!            

II    Leitura

Leitura da carta de são Paulo aos Gálatas (Gálatas 1,11-19):

Asseguro-vos, irmãos, que o Evangelho pregado por mim não tem nada de humano. Não o recebi nem o aprendi de homem algum, mas mediante uma revelação de Jesus Cristo. Certamente ouvistes falar de como outrora eu vivia no judaísmo, com que excesso perseguia a Igreja de Deus e a assolava; avantajava-me no judaísmo a muitos dos meus companheiros de idade e nação, extremamente zeloso das tradições de meus pais.
Mas, quando aprouve àquele que me reservou desde o seio de minha mãe e me chamou pela sua graça, para revelar seu Filho em minha pessoa, a fim de que eu o tornasse conhecido entre os gentios, imediatamente, sem consultar a ninguém, sem ir a Jerusalém para ver os que eram apóstolos antes de mim, parti para a Arábia; de lá regressei a Damasco. Três anos depois subi a Jerusalém para conhecer Cefas, e fiquei com ele quinze dias. Dos outros apóstolos não vi mais nenhum, a não ser Tiago, irmão do Senhor.

Palavra do Senhor.

Evangelho

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas (7,11-17):

No dia seguinte dirigiu-se Jesus a uma cidade chamada Naim. Iam com ele diversos discípulos e muito povo. Ao chegar perto da porta da cidade, eis que levavam um defunto a ser sepultado, filho único de uma viúva; acompanhava-a muita gente da cidade. Vendo-a o Senhor, movido de compaixão para com ela, disse-lhe: “Não chores!”
E aproximando-se, tocou no esquife, e os que o levavam pararam. Disse Jesus: “Moço, eu te ordeno, levanta-te.” Sentou-se o que estivera morto e começou a falar, e Jesus entregou-o à sua mãe. Apoderou-se de todos o temor, e glorificavam a Deus, dizendo: “Um grande profeta surgiu entre nós: Deus voltou os olhos para o seu povo”.
A notícia deste fato correu por toda a Judéia e por toda a circunvizinhança.

Palavra da Salvação.


Comentário ao Evangelho

A VIDA RESTAURADA

A ressurreição do filho único da viúva de Naim revela Jesus como o Messias, prenunciado pelos profetas, restaurador da vida fragilizada pelo pecado. Esta será uma chave de leitura importante de seu ministério.

O profeta Elias havia ressuscitado o filho de uma pobre viúva, que lhe havia dado de comer, num tempo de seca e de carestia. A expectativa da volta desse profeta, no fim dos tempos, levava muitos a nutrir a esperança de que ele realizaria a mesma sorte de milagres. No apocalipse de Isaías, os habitantes do pó - os mortos - são convocados para despertar e se alegrar, já que, pela força de Deus, os defuntos reviverão e os cadáveres ressurgirão. Estes e outros textos do Antigo Testamento levavam os judeus a esperar uma era messiânica, na qual haveria uma ressurreição geral de todos os justos de Israel.

O milagre evangélico projeta-se neste pano de fundo. Em Jesus, as esperanças messiânicas atingem seu pleno cumprimento. Ele é o Messias esperado. Mas, seu modo de ser superava em muito os esquemas messiânicos acalentados pela piedade popular. Tinham razão as testemunhas do milagre, quando proclamaram: "um grande profeta surgiu entre nós, e Deus visitou seu povo!" Entre eles, porém, estava o Filho querido do Pai, com a missão de oferecer vida nova à humanidade. O rapaz ressuscitado tornava-se um símbolo desta realidade.



(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, 
Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE).  In:  Dom Total


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