“Para levar Deus aos homens e homens a Deus”

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Liturgia da Palavra: Domingo, 24 de Novembro de 2013.

Solenidade de CRISTO REI
 (Cor branca, glória, creio, prefácio próprio – Ofício da Solenidade)

Oração do dia

Deus eterno e todo-poderoso, que dispusestes restaurar todas as coisas no vosso amado Filho, rei do universo, fazei que todas as criaturas, libertas da escravidão e servindo à vossa majestade, vos glorifiquem eternamente.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

I  Leitura

Leitura do segundo livro de Samuel (5,1-3):

Todas as tribos de Israel vieram ter com Davi em Hebron e disseram-lhe: “Vê: não somos nós teus ossos e tua carne? Já antes, quando Saul era nosso rei, eras tu que dirigias os negócios de Israel. O Senhor te disse: ‘és tu que apascentarás o meu povo e serás o chefe de Israel’”. 
Vieram, pois, todos os anciãos de Israel ter com o rei em Hebron. Davi fez com eles um tratado diante do Senhor e eles sagraram-no rei de Israel. 

Palavra do Senhor.

Salmo responsorial  (121/122)


Quanta alegria e felicidade: vamos à casa do Senhor!

Que alegria quando ouvi que me disseram:
“Vamos à casa do Senhor!”
E agora nossos pés já se detêm,
Jerusalém, em tuas portas.

Para lá sobem as tribos de Israel,
as tribos do Senhor.
Para louvar, segundo a lei de Israel,
o nome do Senhor.
A sede da justiça lá está
e o trono de Davi.

II Leitura 

Leitura da carta de são Paulo aos Colossenses (1,12-20):

Sede contentes e agradecidos ao Pai, que vos fez dignos de participar da herança dos santos na luz.  Ele nos arrancou do poder das trevas e nos introduziu no Reino de seu Filho muito amado,  no qual temos a redenção, a remissão dos pecados. 
Ele é a imagem de Deus invisível, o Primogênito de toda a criação. 
16 Nele foram criadas todas as coisas nos céus e na terra, as criaturas visíveis e as invisíveis. Tronos, dominações, principados, potestades: tudo foi criado por ele e para ele. 
 Ele existe antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem nele.  Ele é a Cabeça do corpo, da Igreja. Ele é o Princípio, o primogênito dentre os mortos e por isso tem o primeiro lugar em todas as coisas.  Porque aprouve a Deus fazer habitar nele toda a plenitude  e por seu intermédio reconciliar consigo todas as criaturas, por intermédio daquele que, ao preço do próprio sangue na cruz, restabeleceu a paz a tudo quanto existe na terra e nos céus. 

Palavra do Senhor.

Evangelho

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas (23,35-43):

A multidão conservava-se lá e observava. Os príncipes dos sacerdotes escarneciam de Jesus, dizendo: “Salvou a outros, que se salve a si próprio, se é o Cristo, o escolhido de Deus!” Do mesmo modo zombavam dele os soldados. Aproximavam-se dele, ofereciam-lhe vinagre e diziam:  “Se és o rei dos judeus, salva-te a ti mesmo”. 
Por cima de sua cabeça pendia esta inscrição: “Este é o rei dos judeus”. Um dos malfeitores, ali crucificados, blasfemava contra ele: “Se és o Cristo, salva-te a ti mesmo e salva-nos a nós!”  Mas o outro o repreendeu: “Nem sequer temes a Deus, tu que sofres no mesmo suplício? Para nós isto é justo: recebemos o que mereceram os nossos crimes, mas este não fez mal algum”.  E acrescentou: “Jesus, lembra-te de mim, quando tiveres entrado no teu Reino!”  Jesus respondeu-lhe: “Em verdade te digo: hoje estarás comigo no paraíso”. 

Palavra da Salvação.


 Sobre a Festa de Cristo Rei
  
A visão grandiosa de Cristo Senhor universal une-se a de Cristo crucificado e esta recorda a consideração de seu imenso amor: “Ama-nos, e nos libertou dos nossos pecados em virtude do seu Sangue" (ibidem, 5). Rei e Senhor outro caminho não escolheu, para purificar os homens do pecado, senão lavá-los com o próprio Sangue. Unicamente por este preço os introduziu no seu Reino, onde os admitiu não só como súditos, mas também como irmãos e co-herdeiros, como co-participantes de sua realeza, de sua dominação sobre todas as coisas. Assim, com ele, único Sacerdote, poderemos oferecer e consagrar a Deus toda a criação. "Fez de nós um reino de sacerdotes para Deus, seu Pai" (ibidem, 6). Até este ponto quis Cristo Senhor que participassem os homens de suas grandezas! 

O Evangelho (Jo 18,33b-37) também apresenta a realeza de Cristo em relação com sua Paixão e a contrapõe, ao mesmo tempo, às realezas terrenas. Tudo isto baseado no colóquio entre Jesus e Pilatos. Sempre se ocultara o Senhor às multidões, que em momentos de entusiasmo queriam proclamá-lo rei. Entretanto agora, que está para ser condenado à morte, confessa abertamente sua realeza. A pergunta de Pilatos: "Então és rei?", responde: "Tu o dizes, eu sou Rei" (ibidem, 37). Antes, porém, declarara: "Meu Reino não é deste mundo" (ibidem, 36). 

A realeza de Cristo não está em função de domínio temporal algum, nem político! E, ao contrário, de domínio espiritual: consiste em anunciar a verdade, em conduzir os homens à suprema Verdade, libertando-os das trevas do erro e do pecado, "Para isto vim ao mundo - diz Jesus - para dar testemunho da verdade" (ibidem, 37). Jesus é a "Testemunha fiel" (2ª leitura) da verdade, isto é, do mistério de Deus e de seus desígnios de salvação do mundo. Veio revelá-los aos homens e testemunhá-los com o sacrifício da própria vida. Por isso, só quando está para abraçar a Cruz declara-se Rei. E, da Cruz, atrairá tudo a si (Jo 12,32). 

Impressionante é que, no Evangelho de João - o evangelista teólogo - esteja o tema da realeza de Cristo constantemente ligado ao da Paixão. E que, na realidade, é a Cruz o trono régio de Cristo. Da Cruz abre os braços para apertar a si todos os homens, da Cruz governa com seu amor. Para que reine sobre nós, temos de nos deixar atrair e vencer pelo seu amor.


Fonte: Dom Total

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