“Para levar Deus aos homens e homens a Deus”

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Liturgia da Palavra: 8 de fevereiro de 2015 – Domingo


V  Domingo do Tempo Comum 
(Cor verde, Glória, Creio – I semana do Saltério)


Oração do dia

Velai, ó Deus, sobre a vossa família com incansável amor; e, como só confiamos na vossa graça, guardai-nos sob a vossa proteção.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

I   Leitura

Leitura do livro de Jó (7,1-4.6-7):

A vida do homem sobre a terra é uma luta, seus dias são como os dias de um mercenário.  Como um escravo que suspira pela sombra, e o assalariado que espera seu soldo, assim também eu tive por sorte meses de sofrimento, e noites de dor me couberam por partilha.
Apenas me deito, digo: Quando chegará o dia? Logo que me levanto: Quando chegará a noite? E até a noite me farto de angústias. Minha carne se cobre de podridão e de imundície, minha pele racha e supura. Meus dias passam mais depressa do que a lançadeira, e se desvanecem sem deixar esperança. Lembra-te de que minha vida nada mais é do que um sopro, de que meus olhos não mais verão a felicidade.

Palavra do Senhor.

Salmo responsorial  (146/147)
Louvai a Deus, porque ele é bom
e conforta os corações.

Louvai a Deus, porque ele é bom,
cantai ao nosso Deus, porque é suave:
ele é digno de louvor, ele o merece!
O Senhor reconstruiu Jerusalém
e os dispersos de Israel juntou de novo.

Ele conforta os corações despedaçados,
ele enfaixa suas feridas e as cura;
fixa o número de todas as estrelas
e chama a cada uma por seu nome.

É grande e onipotente o nosso Deus,
seu saber não tem medida nem limites.
O Senhor Deus é o amparo dos humildes,
mas dobra até o chão os que são ímpios.
II   Leitura

Leitura da primeira carta de são Paulo aos Coríntios (9,16-19.22-23):

Anunciar o Evangelho não é glória para mim; é uma obrigação que se me impõe. Ai de mim, se eu não anunciar o Evangelho! Se o fizesse de minha iniciativa, mereceria recompensa. Se o faço independentemente de minha vontade, é uma missão que me foi imposta. Então em que consiste a minha recompensa? Em que, na pregação do Evangelho, o anuncio gratuitamente, sem usar do direito que esta pregação me confere.
Embora livre de sujeição de qualquer pessoa, eu me fiz servo de todos para ganhar o maior número possível. Fiz-me fraco com os fracos, a fim de ganhar os fracos. Fiz-me tudo para todos, a fim de salvar a todos. E tudo isso faço por causa do Evangelho, para dele me fazer participante.

Palavra do Senhor.

Evangelho

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos (1,29-39):

Assim que saíram da sinagoga, dirigiram-se com Tiago e João à casa de Simão e André. A sogra de Simão estava de cama, com febre; e sem tardar, falaram-lhe a respeito dela.  Aproximando-se ele, tomou-a pela mão e levantou-a; imediatamente a febre a deixou e ela pôs-se a servi-los.
À tarde, depois do pôr-do-sol, levaram-lhe todos os enfermos e possessos do demônio.  Toda a cidade estava reunida diante da porta. Ele curou muitos que estavam oprimidos de diversas doenças, e expulsou muitos demônios. Não lhes permitia falar, porque o conheciam.
De manhã, tendo-se levantado muito antes do amanhecer, ele saiu e foi para um lugar deserto, e ali se pôs em oração. Simão e os seus companheiros saíram a procurá-lo. Encontraram-no e disseram-lhe: "Todos te procuram." E ele respondeu-lhes: "Vamos às aldeias vizinhas, para que eu pregue também lá, pois, para isso é que vim." Ele retirou-se dali, pregando em todas as sinagogas e por toda a Galiléia, e expulsando os demônios.

Palavra da Salvação.


Comentário ao Evangelho

TODOS TE PROCURAM!

Na medida em que se espalhavam as notícias sobre Jesus, acorriam a ele multidões numerosas em busca de cura para as doenças e males que as afligiam. O povo mais simples daquela época vivia num total abandono. A liderança político-religiosa estava nas mãos da classe sacerdotal, um grupo aristocrata da capital. Sendo que o tesouro do templo funcionava como uma espécie de banco, os sacerdotes estavam mais preocupados com questões financeiras do que com o bem-estar do povo. Os fariseus formavam um grupo excludente. Eles fizeram da prática estrita da Lei sua norma de vida e quem não era capaz de fazer o mesmo era olhado com desprezo. Os mestres da Lei, muito estimados pelo povo, acabaram por transformar a religião num amontoado de mandamentos e regras, que se multiplicavam, tornando-se cada vez mais difícil de serem cumpridas. O povo simples e pobre não tinha a quem recorrer. Estava deixado à própria sorte.

O aparecimento de Jesus fez renascer, nas camadas populares, a esperança. Ele falava com autoridade e realizava gestos poderosos. Era acolhedor e valorizava, de modo especial, quem era vítima da exclusão social e religiosa. Transmitia uma nova imagem de Deus, cheio de ternura e amor. Eis porque Jesus exercia uma atração irresistível sobre as pessoas, que o buscavam ávidas de ouvi-lo e serem curadas por ele.


(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE).  In: Dom Total

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