“Para levar Deus aos homens e homens a Deus”

segunda-feira, 15 de junho de 2015

Liturgia da Palavra: 21 de junho de 2015 – Domingo.


XII Domingo do Tempo Comum 
(Cor verde, Glória, Creio – IV semana do Saltério)


Oração do dia

Senhor, nosso Deus, dai-nos por toda a vida a graça de vos amar e temer, pois nunca cessais de conduzir os que firmais no vosso amor.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

I   Leitura

Leitura do livro de Jó (38,1.8-11):

Então, do seio da tempestade, o Senhor deu a Jó esta resposta:
 “Quem fechou com portas o mar, quando brotou do seio maternal, quando lhe dei as nuvens por vestimenta, e o enfaixava com névoas tenebrosas; quando lhe tracei limites, e lhe pus portas e ferrolhos, dizendo:  ‘Chegarás até aqui, não irás mais longe; aqui se deterá o orgulho de tuas ondas?’”

Palavra do Senhor.

  Salmo responsorial (106/107)


Daí graças ao Senhor porque ele é bom,
porque eterna é a sua misericórdia! 

Os que sulcam o alto-mar com seus navios,
para ir comerciar nas grandes águas,
testemunharam os prodígios do Senhor
e as suas maravilhas no alto-mar.

Ele ordenou, e levantou-se os furação,
arremessando grandes ondas para o alto;
aos céus subiam aos abismos,
seus corações desfaleciam de pavor.

Mas gritaram ao Senhor na aflição,
e ele os libertou daquela angústia.
Transformou a tempestade em bonança,
e as ondas do oceano se calaram.

Alegraram-se ao ver o mar tranqüilo,
e ao porto desejado os conduziu.
Agradeçam ao Senhor por seu amor
e por suas maravilhas entre os homens!

II   Leitura

Leitura da segunda carta de são Paulo aos Coríntios (5,14-17):

O amor de Cristo nos constrange, considerando que, se um só morreu por todos, logo todos morreram.
 Sim, ele morreu por todos, a fim de que os que vivem já não vivam para si, mas para aquele que por eles morreu e ressurgiu. Por isso, nós daqui em diante a ninguém conhecemos de um modo humano. Muito embora tenhamos considerado Cristo dessa maneira, agora já não o julgamos assim. Todo aquele que está em Cristo é uma nova criatura. Passou o que era velho; eis que tudo se fez novo!

Palavra do Senhor.

Evangelho

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos (4,35-41):

À tarde daquele dia, disse Jesus a seus discípulos: “Passemos para o outro lado”.  Deixando o povo, levaram-no consigo na barca, assim como ele estava. Outras embarcações o escoltavam.
 Nisto surgiu uma grande tormenta e lançava as ondas dentro da barca, de modo que ela já se enchia de água.
Jesus achava-se na popa, dormindo sobre um travesseiro. Eles acordaram-no e disseram-lhe: “Mestre, não te importa que pereçamos?” E ele, despertando, repreendeu o vento e disse ao mar: “Silêncio! Cala-te!” E cessou o vento e seguiu-se grande bonança. Ele disse-lhes: “Como sois medrosos! Ainda não tendes fé?”
Eles ficaram penetrados de grande temor e cochichavam entre si: “Quem é este, a quem até o vento e o mar obedecem?”

Palavra da Salvação.

 


Comentário ao Evangelho

O SENHOR DA NATUREZA

Os milagres de Jesus em relação aos elementos da natureza chamam a atenção para um dado de sua identidade. Ele é detentor de um poder próprio de Deus-criador.

A fúria das ondas do mar evocava o caos anterior à intervenção criadora de Deus que colocou ordem no universo e o transformou em lugar da habitação do ser humano.

Ao acalmar o vento e o mar, com sua autoridade, Jesus se serviu de um poder próprio de Deus, possibilitando aos discípulos continuarem sua viagem. O mar encapelado simbolizava o mundo hostil com o qual os discípulos se defrontariam e diante do qual seriam tomados de pavor. A presença de Jesus, submetendo as forças do vento e das ondas, era motivo de esperança. Por maior que fossem as forças caóticas, contrárias à propagação do Reino, Jesus teria poder de subjugá-las. Os discípulos não seriam poupados do confronto com as forças do mal. Mas, nos momentos de tribulação, poderiam contar com a presença de seu Mestre e Senhor. Com o poder recebido do Pai, ele os livraria do poder do mal.

Por conseguinte, o discípulo não tem por que temer, quando se vê assediado pelas perseguições. Jesus está a seu lado, com o poder de transformar a tempestade em bonança. Nada é suficientemente forte, que não possa ser dominado por ele.

   (O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, 

Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE.  In: Dom Total)

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