“Para levar Deus aos homens e homens a Deus”

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Liturgia da Palavra: 20 de dezembro de 2015 – Domingo.


IV semana do Advento 
(Cor roxa, Creio, Prefácio do Advento II – IV semana do Saltério)




Oração do dia

Derramai, ó Deus, a vossa graça em nossos corações para que, conhecendo pela mensagem do anjo a encarnação do vosso Filho, cheguemos, por sua paixão e cruz, à glória da ressurreição.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

I   Leitura

Leitura da profecia de Miquéias (5,1-4):

Mas tu, Belém-Efrata, tão pequena entre os clãs de Judá, é de ti que sairá para mim aquele que é chamado a governar Israel. Suas origens remontam aos tempos antigos, aos dias do longínquo passado. Por isso, (Deus) os deixará, até o tempo em que der à luz aquela que há de dar à luz. Então o resto de seus irmãos voltará para junto dos filhos de Israel.
Ele se levantará para (os) apascentar, com o poder do Senhor, com a majestade do nome do Senhor, seu Deus. Os seus viverão em segurança, porque ele será exaltado até os confins da terra. E assim será a paz. Quando o assírio invadir nossa terra e pisar nossos terrenos, resistir-lhe-emos com sete pastores e oito príncipes do povo”.

Palavra do Senhor.

Salmo responsorial (79/80)

Iluminai a ve nómos 
Ó pastor de Israel, prestai ouvidos.
Vós que sobre os querubins vos assentais,
aparecei cheio de glória e esplendor!
Despertai vosso poder, ó nosso Deus,
e vinde logo nos trazer a salvação!

Voltai-vos para nós, Deus do universo!
Olhai dos altos céus e observai.
visitai a vossa vinha e protegei-a!
Foi a vossa mão direita que a plantou;
protegei-a, e ao rebento que firmastes!

Pousai a mão por sobre o vosso protegido,
o filho do homem que escolhestes para vós!
E nunca mais vos deixaremos, Senhor Deus!
Dai-nos vida, e louvaremos o vosso nome!

II   Leitura

Leitura da carta aos Hebreus  (10,5-10):

Eis por que, ao entrar no mundo, Cristo diz: “Não quiseste sacrifício nem oblação, mas me formaste um corpo. Holocaustos e sacrifícios pelo pecado não te agradam. 
Então eu disse: ‘Eis que venho (porque é de mim que está escrito no rolo do livro), venho, ó Deus, para fazer a tua vontade’. 
Disse primeiro: ‘Tu não quiseste, tu não recebeste com agrado os sacrifícios nem as ofertas, nem os holocaustos, nem as vítimas pelo pecado’” (quer dizer, as imolações legais).
Em seguida, ajuntou: “Eis que venho para fazer a tua vontade”. Assim, aboliu o antigo regime e estabeleceu uma nova economia.
Foi em virtude desta vontade de Deus que temos sido santificados uma vez para sempre, pela oblação do corpo de Jesus Cristo.

Palavra do Senhor.

Evangelho

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas (1,39-45):

Naqueles dias, Maria se levantou e foi às pressas às montanhas, a uma cidade de Judá. Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel. Ora, apenas Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança estremeceu no seu seio; e Isabel ficou cheia do Espírito Santo. E exclamou em alta voz: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre.  Donde me vem esta honra de vir a mim a mãe de meu Senhor? Pois assim que a voz de tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança estremeceu de alegria no meu seio. Bem-aventurada és tu que creste, pois se hão de cumprir as coisas que da parte do Senhor te foram ditas!”

Palavra da Salvação.


  
Comentário ao Evangelho

BENDITA ENTRE AS MULHERES

A visita de Maria a Isabel revelou traços importantes da personalidade da mãe do Messias Jesus. Ao levantar-se e ir às pressas até a Judéia, para servir a uma parenta necessitada de sua ajuda, Maria demonstrou sua disponibilidade para servir, sem interpor nenhum obstáculo: viagem longa, caminho perigoso, sua gravidez. Muito menos, julgou que a condição de mãe do Messias a colocava numa situação de superioridade. Com toda simplicidade, ela se pôs a caminho, para servir.

A saudação de Isabel sublinhou o quanto Maria era querida por Deus. Era uma mulher abençoada e trazia, no ventre, um ser igualmente abençoado. Por conseguinte, portadora e penhor de bênçãos. Donde a alegria de João Batista, ainda no ventre materno, quando do encontro com a mãe de Jesus. Esta era bem-aventurada, sobretudo por ser mulher de fé, capaz de acreditar no cumprimento de tudo o que lhe fora dito da parte do Senhor.

As palavras de Isabel foram inspiradas. Explicitaram, perfeitamente bem, o que se passava com Maria. Talvez, a própria mãe de Jesus não compreendesse as reais dimensões de sua relação com Deus. Sua simplicidade a impedia de se ter em grande conta. Sua condição de mãe do Senhor não mudou a idéia que fazia de si mesma. A servidora de Deus estava ali para servir à parenta necessitada. Uma coisa implicava a outra.



(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, 
Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE). In: Dom Total

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