“Para levar Deus aos homens e homens a Deus”

segunda-feira, 7 de agosto de 2017

Liturgia da Palavra: 13 de agosto de 2017 – Domingo.


XIX Domingo do Tempo Comum
(Cor verde, Glória, Creio; III Semana do Saltério)

Oração do dia

Deus eterno e todo-poderoso, a quem ousamos chamar de Pai, dai-nos cada vez mais um coração de filhos, para alcançarmos um dia a herança que prometestes.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

I   Leitura

Leitura do primeiro livro dos Reis (19,9.11-13):

Naqueles dias, chegando ali, passou a noite numa caverna. Então a palavra do Senhor foi-lhe dirigida: "Que fazes aqui, Elias?"
O Senhor desse-lhe: "Sai e conserva-te em cima do monte na presença do Senhor: ele vai passar". Nesse momento passou diante do Senhor um vento impetuoso e violento, que fendia as montanhas e quebrava os rochedos; mas o Senhor não estava naquele vento. Depois do vento, a terra tremeu; mas o Senhor não estava no tremor de terra. Passado o tremor de terra, acendeu-se um fogo; mas o Senhor não estava no fogo. Depois do fogo ouviu-se o murmúrio de uma brisa ligeira. Tendo Elias ouvido isso, cobriu o rosto com o manto, saiu e pôs-se à entrada da caverna.

Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial (84/85)

Mostrai-nos, ó Senhor, vossa bondade
e a vossa salvação nos concedei! 

Quero ouvir o que o Senhor irá falar:
é a paz que ele vai anunciar.
Está perto a salvação dos que o temem,
e a glória habitará em nossa terra.

A verdade e o amor se encontrarão,
a justiça e a paz se abraçarão;
da terra brotará a fidelidade,
e a justiça olhará dos altos céus.

O Senhor nos dará tudo o que é bom,
e a nossa terra nos dará suas colheitas;
a justiça andará na sua frente
e a salvação há de seguir os passos seus.

II   Leitura

Leitura da carta de são Paulo aos Romanos (9,1-5):

Irmãos, digo a verdade em Jesus Cristo, não minto; a minha consciência me dá testemunho pelo Espírito Santo: sinto grande pesar, incessante amargura no coração. Porque eu mesmo desejaria ser reprovado, separado de Cristo, por amor de meus irmãos, que são do mesmo sangue que eu, segundo a carne. Eles são os israelitas; a eles foram dadas a adoção, a glória, as alianças, a lei, o culto, as promessas e os patriarcas; deles descende Cristo, segundo a carne, o qual é, sobre todas as coisas, Deus bendito para sempre. Amém.

Palavra do Senhor.

Evangelho


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus (14,22-33):

Logo depois da multiplicação dos pães, Jesus obrigou seus discípulos a entrar na barca e a passar antes dele para a outra margem, enquanto ele despedia a multidão. Feito isso, subiu à montanha para orar na solidão. E, chegando a noite, estava lá sozinho.  Entretanto, já a boa distância da margem, a barca era agitada pelas ondas, pois o vento era contrário.
Pela quarta vigília da noite, Jesus veio a eles, caminhando sobre o mar. Quando os discípulos o perceberam caminhando sobre as águas, ficaram com medo: "É um fantasma!" disseram eles, soltando gritos de terror. Mas Jesus logo lhes disse: "Tranqüilizai-vos, sou eu. Não tenhais medo!" 
Pedro tomou a palavra e falou: "Senhor, se és tu, manda-me ir sobre as águas até junto de ti!" Ele disse-lhe: "Vem!" Pedro saiu da barca e caminhava sobre as águas ao encontro de Jesus. Mas, redobrando a violência do vento, teve medo e, começando a afundar, gritou: "Senhor, salva-me!" No mesmo instante, Jesus estendeu-lhe a mão, segurou-o e lhe disse: "Homem de pouca fé, por que duvidaste?" Apenas tinham subido para a barca, o vento cessou. Então aqueles que estavam na barca prostraram-se diante dele e disseram: "Tu és verdadeiramente o Filho de Deus".

Palavra da Salvação.



Comentário ao Evangelho

UMA CHANCE PARA CRESCER

O apóstolo Pedro teve uma chance para crescer, quando fez a experiência de fracassar na fé. Foi ele quem colocou em dúvida a presença do Mestre, que estava encorajando o grupo de discípulos colhidos por uma tempestade numa travessia do mar da Galiléia. Jesus acolheu o pedido de Pedro, ordenando-lhe que fosse até ele, caminhando sobre as águas.

Pedro, descendo da barca, pôs-se a caminhar na direção do Mestre. Mas a violência do vento fê-lo entrar em pânico, e começar a afundar. Sua fé fraquejou. E ele suplicou ao Senhor para salvá-lo, sendo prontamente ajudado.

A fé do discípulo entrou em crise num momento de tribulação. A presença do Senhor passou a significar pouca coisa para ele. Pode ser que estivesse confiado em sua capacidade pessoal de enfrentar as provações. Por isso, acabou por ser vencido. Foi preciso agarrar-se nas mãos de Jesus para não ser tragado pelas ondas.

A iminência do fracasso exigiu de Pedro um reforço em sua fé em Jesus, reconhecendo-o como Filho de Deus. Sendo assim, não havia motivo para duvidar da palavra do Mestre. Cabia-lhe deixar-se guiar por ela, sem hesitar, sobretudo, nos momentos de tempestade, quando parece que tudo está perdido. Sua fé em Jesus teve chance de crescer.


 (O comentário litúrgico é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, 

Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE). In: Dom Total


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