“Para levar Deus aos homens e homens a Deus”

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Liturgia da Palavra: 9 de Novembro de 2014 – Domingo.

Dedicação da Basílica de Latrão 
(Cor branca, Glória, Creio, Prefácio próprio – Ofício da festa)

Oração do dia

Ó Deus, que edificais o vosso templo eterno com pedras vivas e escolhidas, difundi na vossa Igreja o Espírito que lhe destes, para que o vôo povo cresça sempre mais, construindo a Jerusalém celeste.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

I   Leitura

Leitura da profecia de Ezequiel (47,1-2.8-9.12): 

Naqueles dias, o homem conduziu-me então à entrada do templo. Eis que águas jorravam de sob o limiar do edifício, em direção ao oriente (porque a fachada do templo olhava para o oriente). Essa água escorria por baixo do lado direito do templo, ao sul do altar. Fez-me sair pela porta do norte e contornar o templo do lado de fora até o pórtico exterior oriental; eu vi a água brotar do lado sul. 
“Essas águas”, disse-me ele, “dirigem-se para a parte oriental, elas descem à planície do Jordão; elas se lançarão no mar, de sorte que suas águas se tornarão mais saudáveis. Em toda parte aonde chegar a corrente, todo animal que se move na água poderá viver, e haverá lá grande quantidade de peixes. Tudo o que essa água atingir se tornará são e saudável e em toda parte aonde chegar a torrente haverá vida. 
Ao longo da torrente, em cada uma de suas margens, crescerão árvores frutíferas de toda espécie, e sua folhagem não murchará, e não cessarão jamais de dar frutos: todos os meses frutos novos, porque essas águas vêm do santuário. Seus frutos serão comestíveis e suas folhas servirão de remédio”.

Palavra do Senhor.

Salmo responsorial (45/46)

Os braços de um rio vêm trazer alegria
à cidade de Deus, à morada do Altíssimo.


O Senhor para nós é refúgio e vigor,
sempre pronto, mostrou-se um socorro na angústia;
assim não tememos, se a terra estremece,
se os montes desabam, caindo nos mares.

Os braços de um rio vêm trazer alegria
à Cidade de Deus, à morada do Altíssimo.
Quem a pode abalar? Deus está no seu meio!
Já bem antes da aurora, ele vem ajudá-la.

Conosco está o Senhor do universo!
O nosso refúgio é o Deus de Jacó!
Vinde ver, contemplai os prodígios de Deus
e a obra estupenda que fez no universo:
reprime as guerras na face da terra.

II   Leitura

Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios (3,9-11.16-17): 

Irmãos, nós somos operários com Deus. Vós, o campo de Deus, o edifício de Deus. Segundo a graça que Deus me deu, como sábio arquiteto lancei o fundamento, mas outro edifica sobre ele. Quanto ao fundamento, ninguém pode pôr outro diverso daquele que já foi posto: Jesus Cristo. Não sabeis que sois o templo de Deus, e que o Espírito de Deus habita em vós? Se alguém destruir o templo de Deus, Deus o destruirá. Porque o templo de Deus é sagrado - e isto sois vós. 

Palavra do Senhor.

Evangelho

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João (2,13-22): 

Estava próxima a Páscoa dos judeus, e Jesus subiu a Jerusalém. Encontrou no templo os negociantes de bois, ovelhas e pombas, e mesas dos trocadores de moedas. Fez ele um chicote de cordas, expulsou todos do templo, como também as ovelhas e os bois, espalhou pelo chão o dinheiro dos trocadores e derrubou as mesas.
Disse aos que vendiam as pombas: “Tirai isto daqui e não façais da casa de meu Pai uma casa de negociantes”. Lembraram-se então os seus discípulos do que está escrito: “O zelo da tua casa me consome”. Perguntaram-lhe os judeus: “Que sinal nos apresentas tu, para procederes deste modo?” Respondeu-lhes Jesus: “Destruí vós este templo, e eu o reerguerei em três dias”. Os judeus replicaram: “Em quarenta e seis anos foi edificado este templo, e tu hás de levantá-lo em três dias?” Mas ele falava do templo do seu corpo. 
Depois que ressurgiu dos mortos, os seus discípulos lembraram-se destas palavras e creram na Escritura e na palavra de Jesus. 


Palavra da Salvação.


Comentário ao Evangelho

No evangelho de João percebe-se uma exaltação dos samaritanos e uma censura aos judeus. Assim, por um lado, temos a narrativa do diálogo de Jesus com a mulher samaritana, em pleno dia, à beira do poço, que termina com todo os moradores desta região da Samaria vindo aclamar Jesus, professando nele sua fé. Por outro lado, Nicodemos, um dos chefes dos fariseus, vem conversar com Jesus, ocultando-se na penumbra da noite, e não entende a sua mensagem.

O evangelho de hoje menciona que estava próxima a Páscoa "dos judeus", dando a entender que Jesus se distancia do sistema religioso que a promove, sediado em Jerusalém. Nesta primeira viagem de Jesus a Jerusalém o destaque é a perda de sentido do Templo. Em vez de lugar de oração, o Templo tornou-se um lugar de comércio e exploração do povo piedoso. A situação não era nova, pois o profeta Jeremias, muito tempo antes, já fizera tal denúncia (Jr 7,11). O culto no Templo, com o acesso de multidões de peregrinos durante o ano, era fonte de riqueza para o comércio em Jerusalém e, principalmente para a casta religiosa, que recolhia imensos valores como dízimos, ofertas, e sacrifícios dos fieis. O Templo, desde sua primeira construção por Salomão, tinha um anexo, o Tesouro (ou Gazofilácio), onde eram acumuladas estas riquezas.

Com Jesus a presença de Deus não está no Templo, mas sim no próprio Jesus e em cada membro da comunidade (segunda leitura) que vive o serviço e a partilha, com amor e misericórdia. [In: Dom Total]

Sobre a festa litúrgica de hoje

Dedicação da Basílica de Latrão


A Basílica Lateranense é considerada a mãe de todas as Igrejas da Urbe (Roma) e do Orbe (mundo). Esta Igreja conhecida por Basílica de São João de Latrão, foi construída por Constantino entre 310-315 na era cristã em Roma, sendo Papa, Silvestre I. Ela foi dedicada ao Santíssimo Redentor.

Por que a data da consagração desta Igreja é comemorada pelaliturgia? A consagração de uma Igreja-Catedral, de forma solene, é como o batismo de uma nova comunidade que surge e se organiza ao redor do bispo, pai da comunidade. Retoma, também, o costume judaico de celebrar a dedicação do templo de Jerusalém.

O importante é que nas igrejas se celebre “um culto perfeito” e se alcance a “plena salvação” como diz a oração do dia de hoje. De fato, os cristãos tiveram necessidade de lugares onde pudessem se reunir para proclamar a palavra de Deus, louvar e agradecer a Deus e celebrar a eucaristia, presença de Jesus ressuscitado junto dos seus.
O evangelho nos alerta, neste domingo, para que façamos da casa de Deus uma casa de oração. Quando Jesus percebe que o templo está servindo para explorar o povo e que está perdendo o sentido verdadeiro, sendo lugar de comércio, expulsa os vendilhões.

Como estão nossas igrejas? São espaço de celebração, de oração a Deus? Por meio dos encontros comunitários nossas comunidades estão se fortalecendo na fé e no compromisso cristão? Ou nossas comunidades litúrgicas são apáticas, sem vibração ou até passarelas e moda?

Nossa Senhora nos ajude a sempre louvar e agradecer ao Pai com cânticos de gratidão.   [In.: Blog Canto da paz]

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