“Para levar Deus aos homens e homens a Deus”

segunda-feira, 20 de abril de 2015

Liturgia da Palavra: 26 de abril de 2015 – Domingo.


IV Domingo da Páscoa 
(Cor branca, Glória, Creio – IV semana do Saltério)



Oração do dia

Deus eterno e todo-poderoso, conduzi-nos à comunhão das alegrias celestes, para que o rebanho possa atingir, apesar de sua fraqueza, a fortaleza do Pastor.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

I   Leitura

Leitura dos Atos dos Apóstolos (4,8-12):

Então Pedro, cheio do Espírito Santo, respondeu-lhes: “Chefes do povo e anciãos, ouvi-me:  se hoje somos interrogados a respeito do benefício feito a um enfermo, e em que nome foi ele curado, ficai sabendo todos vós e todo o povo de Israel: foi em nome de Jesus Cristo Nazareno, que vós crucificastes, mas que Deus ressuscitou dos mortos.
Por ele é que esse homem se acha são, em pé, diante de vós.  Esse Jesus, pedra que foi desprezada por vós, edificadores, tornou-se a pedra angular. Em nenhum outro há salvação,  porque debaixo do céu nenhum outro nome foi dado aos homens, pelo qual devamos ser salvos”.

Palavra do Senhor.

Salmo responsorial (117/118)

A pedra que os pedreiros rejeitaram 
tornou-se agora a pedra angular. 

Dai graças ao Senhor, porque ele é bom!
“Eterna é a sua misericórdia!”
É melhor buscar refúgio no Senhor
do que pôr no ser humano a esperança;
é melhor buscar refúgio no Senhor
do que contar com os poderosos deste mundo!

Dou-vos graças, ó Senhor, porque me ouvistes
e vos tornastes para mim o Salvador!
“A pedra que os pedreiros rejeitaram
tornou-se agora a pedra angular.
Pelo Senhor é que foi feito tudo isso:
que maravilhas ele fez a nossos olhos!

Bendito seja, em nome do Senhor,
aquele que em seus átrios vai entrando!
Vós sois meu Deus, eu vos bendigo e agradeço!
Vós sois meu Deus, eu vos exalto com louvores!
Dai graças ao Senhor, porque ele é bom!
“Eterna é a sua misericórdia!”

II   Leitura

Leitura da primeira carta de são João (3,1-2):

Considerai com que amor nos amou o Pai, para que sejamos chamados filhos de Deus. E nós o somos de fato. Por isso, o mundo não nos conhece, porque não o conheceu. Caríssimos, desde agora somos filhos de Deus, mas não se manifestou ainda o que havemos de ser. Sabemos que, quando isto se manifestar, seremos semelhantes a Deus, porquanto o veremos como ele é.

Palavra do Senhor.

Evangelho

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João (10,11-18):

Disse Jesus: “Eu sou o bom pastor. O bom pastor expõe a sua vida pelas ovelhas. O mercenário, porém, que não é pastor, a quem não pertencem as ovelhas, quando vê que o lobo vem vindo, abandona as ovelhas e foge; o lobo rouba e dispersa as ovelhas.
O mercenário, porém, foge, porque é mercenário e não se importa com as ovelhas.
Eu sou o bom pastor. Conheço as minhas ovelhas e as minhas ovelhas conhecem a mim, como meu Pai me conhece e eu conheço o Pai. Dou a minha vida pelas minhas ovelhas.
Tenho ainda outras ovelhas que não são deste aprisco. Preciso conduzi-las também, e ouvirão a minha voz e haverá um só rebanho e um só pastor.  O Pai me ama, porque dou a minha vida para a retomar.  Ninguém a tira de mim, mas eu a dou de mim mesmo e tenho o poder de a dar, como tenho o poder de a reassumir. Tal é a ordem que recebi de meu Pai”.

Palavra da Salvação.


Comentário ao Evangelho

O PASTOR DAS OVELHAS

Jesus serviu-se da metáfora do pastor para explicitar que tipo de relação desejava estabelecer com seus discípulos. Queria superar os esquemas bem conhecidos na época, pelos quais os mestres tornavam-se verdadeiros tiranos dos discípulos. Sua intenção era ser um mestre diferente. Como?

Sendo um mestre legítimo, seria como o pastor que entra pela porta do curral e não por outras vias, à maneira dos mestres mal-intencionados. Estabelecendo um relacionamento cordial e amigo com seus discípulos,  imitaria o pastor que conversa com suas ovelhas, chama-as pelo nome e as trata com carinho,  pois sua função é cuidar delas.

Conduzindo os discípulos de maneira segura, para evitar extravios, assemelhar-se-ia ao pastor que se coloca à frente do rebanho. Suas ovelhas o seguem, sem hesitar, por reconhecerem a voz de seu guia.

Defendendo seu rebanho perigos e das ciladas que a vida lhes prepara. Os mercenários, nos momentos de perigo, deixam as ovelhas entregues à si mesmas. Agem assim, porque são mercenário, incapazes de arriscar suas vidas para defender o rebanho. Jesus, pelo contrário, defenderá os seus discípulos, até o extremo, mesmo tendo de entregar sua própria vida.

Portanto, é mais prudente deixar-se guiar por um tal pastor.



(O comentário litúrgico é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, 
Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE.)  In: Dom Total 

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