“Para levar Deus aos homens e homens a Deus”

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Liturgia da Palavra: 04 de outubro de 2015 – Domingo.



XXVII Domingo do Tempo Comum 
(Cor verde, Glória, Creio – III semana do Saltério)


Oração do dia

Ó Deus eterno e todo poderoso, que nos concedeis, no vosso imenso amor de Pai, mais do que merecemos e pedimos, derramai sobre nós a vossa missericórdia, perdoando o que nos pesa na consciência e dando-nos mais do que ousamos pedir. 
Por nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

I   Leitura
  
Leitura do Livro do Gênesis (2,18-24):

O Senhor Deus disse: 'Não é bom que o homem esteja só. Vou dar-lhe uma auxiliar semelhante a ele'. Então o Senhor Deus formou da terra todos os animais selvagens e todas as aves do céu, e trouxe-os a Adão para ver como os chamaria; todo o ser vivo teria o nome que Adão lhe desse.
E Adão deu nome a todos os animais domésticos, a todas as aves do céu e a todos os animais selvagens; mas Adão não encontrou uma auxiliar semelhante a ele. Então o Senhor Deus fez cair um sono profundo sobre Adão. Quando este adormeceu, tirou-lhe uma das costelas e fechou o lugar com carne. Depois, da costela tirada de Adão,o Senhor Deus formou a mulher e conduziu-a a Adão.
E Adão exclamou: Desta vez, sim, é osso dos meus ossos e carne da minha carne! Ela será chamada 'mulher' porque foi tirada do homem'. Por isso, o homem deixará seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher, e eles serão uma só carne.

Palavra do Senhor.

Salmo responsorial
 (127,1-2.3.4-5.6)

O Senhor te abençoe de Sião,
cada dia de tua vida.

Feliz és tu se temes o Senhor*
e trilhas seus caminhos!
Do trabalho de tuas mãos hás de viver,*
serás feliz, tudo irá bem!

A tua esposa é uma videira bem fecunda*
no coração da tua casa;
os teus filhos são rebentos de oliveira*
ao redor de tua mesa.

Será assim abençoado todo homem*
que teme o Senhor.
O Senhor te abençoe de Sião,
cada dia de tua vida,*
para que vejas prosperar Jerusalém,

E os filhos dos teus filhos.
Ó Senhor, que venha a paz a Israel,*
que venha a paz ao vosso povo!

II   Leitura

Leitura da Carta aos Hebreus (2,9-11):

Irmãos: Jesus, a quem Deus fez pouco menor do que os anjos, nós o vemos coroado de glória e honra, por ter sofrido a morte. Sim, pela graça de Deus em favor de todos, ele provou a morte. Convinha de fato que aquele, por quem e para quem todas as coisas existem, e que desejou conduzir muitos filhos à glória, levasse o iniciador da salvação deles à consumação, por meio de sofrimentos. 
Pois tanto Jesus, o Santificador, quanto os santificados, são descendentes do mesmo ancestral; por esta razão, ele não se envergonha de os chamar irmãos.

Palavra do Senhor.

Evangelho

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos (10,2-16):

Naquele tempo: Alguns fariseus se aproximaram de Jesus. Para pô-lo à prova, perguntaram se era permitido ao homem divorciar-se de sua mulher. Jesus perguntou: O que Moisés vos ordenou?' Os fariseus responderam: 'Moisés permitiu escrever uma certidão de divórcio
e despedi-la'. Jesus então disse: 'Foi por causa da dureza do vosso coração que Moisés vos escreveu este mandamento. No entanto, desde o começo da criação, Deus os fez homem e mulher. Por isso, o homem deixará seu pai e sua mãe e os dois serão uma só carne. Assim, já não são dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus uniu, o homem não separe!'
Em casa, os discípulos fizeram, novamente, perguntas sobre o mesmo assunto. Jesus respondeu: 'Quem se divorciar de sua mulher e casar com outra, cometerá adultério contra a primeira.E se a mulher se divorciar de seu marido e casar com outro, cometerá adultério'.
Depois disso, traziam crianças para que Jesus as tocasse. Mas os discípulos as repreendiam. Vendo isso, Jesus se aborreceu e disse:
'Deixai vir a mim as crianças. Não as proibais, porque o Reino de Deus é dos que são como elas. Em verdade vos digo: quem não receber o Reino de Deus como uma criança, não entrará nele'.
16Ele abraçava as crianças e as abençoava, impondo-lhes as mãos.


Palavra da Salvação.


Comentário do Evangelho

DEFESA DO MATRIMÔNIO

O divórcio, prática comum na época, foi fortemente condenado por Jesus. Baseados na Lei mosaica, os maridos não tinham escrúpulos de se desfazer das próprias mulheres, mesmo por motivos banais. Os fariseus, com más intenções, sondaram Jesus para saber a opinião dele a esse respeito. No fundo, queriam saber como ele se posicionava diante da Lei: se a respeitava e se submetia a seus ditames, ou não.

A resposta de Jesus não permitiu aos fariseus concretizar seu intento. O Mestre retomou o relato da criação, fundamento bíblico do matrimônio, e explicitou o projeto de Deus a partir daí. Segundo a vontade divina, ele consiste numa união tão profunda entre homem e mulher, a ponto de atingir o auge da comunhão. Aí, a diversidade é superada por uma unidade indissolúvel, representada pela expressão: "serão os dois uma só carne". Na raiz desta união está o Pai. Ele é quem une. E o que for unido por ele não poderá dissolver-se.

Em última análise, Jesus estava afirmando que, quando se dá o divórcio, é porque, de fato, não houve matrimônio. Um homem que se sente à vontade para mandar embora sua mulher é porque não chegou a formar com ela uma só carne. Quando, porém, Deus une homem e mulher nada e ninguém tem o direito de desuni-los.


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